O interno Oruam é realocado para a unidade Bangu 3; entenda como funciona a vida na prisão
A distribuição ocorreu com base nos critérios definidos pela gestão prisional e é um procedimento usual após avaliação técnica da unidade.

O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, também conhecido como Oruam, foi encaminhado para uma cela compartilhada. Ele se encontra em um ambiente que reúne membros da facção Comando Vermelho (CV). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) informou que a transferência segue os critérios definidos pela gestão prisional e é um procedimento padrão após avaliação técnica da unidade.
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O réu permanece sob custódia na Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3). Na semana passada, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou o rapper e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira réus por tentativa de homicídio qualificado.
Na época da prisão, a defesa do artista alegou que a resistência ocorreu devido ao abuso de autoridade por parte dos agentes. O rapper é filho de Marcinho VP, apontado como um dos líderes do CV, preso desde 1996. Oruam nega vínculo com a facção e afirma que é criminalizado por conta do estilo musical e parentesco. A denúncia citava dois crimes de homicídio qualificado, ambos na forma tentada, contra as vítimas Moysés Santana Gomes, delegado de Polícia Civil do Rio, e Alexandre Alvez Ferraz, oficial de cartório da Polícia Civil fluminense.
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Tentativa de homicídio qualificado.
A promotoria de justiça instaurou investigações.
Em julho, a promotoria do Rio denunciou o cantor pelos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. “O MP aponta que ele e outros três homens, também denunciados, teriam atacado com pedras e ameaçado policiais civis durante uma ação na área externa de sua residência, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio”, declarou na época.
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Os delitos cometidos foram relatados em duas ações penais movidas por duas promotorias.
De acordo com as denúncias, na noite de 21 de julho, policiais civis compareceram à residência de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente. As investigações indicam que o jovem foi encontrado saindo da casa do rapper, acompanhado de um grupo de indivíduos. Durante a operação, os denunciados tentaram obstruir a ação policial por meio de ofensas verbais, ameaças de morte e agressões físicas.
Um policial civil foi atingido por pedradas e ficou ferido. Um delegado também foi alvo das pedras, mas não se feriu. Os veículos descaracterizados utilizados na operação também foram danificados. Ainda de acordo com as ações ajuizadas, durante a confusão, MC Oruam afirmou aos policiais que era filho de Marcinho VP, numa tentativa de intimidação.
A investigação que levou à denúncia por tentativa de homicídio qualificado constatou que algumas das pedras arremessadas por Oruam e Willyam possuíam grande peso e poderiam causar lesões letais imediatas. “A perícia identificou sete pedras lançadas, com pesos variando entre 130 gramas e 4,85 quilos”, informou o MP-RJ.
De acordo com a denúncia, os objetos foram lançados de uma altura de 4,5 metros, e houve repetição da conduta, mesmo diante do potencial letalidade das agressões. A Promotoria informou que, na ocasião, um dos policiais foi atingido nas costas e no calcanhar esquerdo, enquanto outro conseguiu se proteger atrás da viatura.
Oruam se entregou à polícia no Rio de Janeiro em 22 de julho, após o ataque a policiais civis. Ele teve a prisão decretada pela Justiça pelos crimes de resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Ele permanece detido.
A Polícia Civil do Rio alegava, na época, que o rapper estava sendo investigado também por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Na ocasião, a defesa de Oruam sustentou que não foram apreendidas drogas ou substâncias ilícitas durante as buscas na residência do artista. O confronto ocorreu em razão de abuso de poder por parte dos policiais.
Com informações do Estadão Contigo
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan