O Ministério das Relações Exteriores brasileiro manifesta “preocupação” em relação ao conflito entre Índia e Paquistão
Governo federal aconselha a suspensão de viagens não urgentes à área de conflito.

O Ministério das Relações Exteriores declarou, em comunicado publicado na quinta-feira 8, que acompanha com “grave preocupação” o aumento do conflito entre Índia e Paquistão. Os países do sul da Ásia intensificaram a troca de hostilidades nesta semana, em um conflito que tem a disputa pelo controle da região da Caxemira como causa.
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A área de maioria muçulmana, majoritariamente dominada pela Índia, surgiu em 1947, com o fim da colonização britânica. Os dois países já entraram em conflitos no final da década de 1940, em 1965, no início da década de 1970 e em 1999. Alguns milhares de cidadãos morreram durante esses conflitos e uma nova guerra pode ser deflagrada.
O Itamaraty informou que não há brasileiros feridos em decorrência dos bombardeios e aconselhou evitar viagens não essenciais à região do conflito. “O governo brasileiro reitera seu repúdio a todo ato de terrorismo. O Brasil apela às partes envolvidas que exerçam máxima contenção a fim de evitar uma escalada das tensões”, diz o comunicado.
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A Índia lançou ataques com mísseis contra diversas áreas do Paquistão, incluindo a porção paquistanesa do Cachemira, na quarta-feira. Estimativas das autoridades locais indicam que 12 pessoas faleceram e 38 ficaram feridas em razão da ação, que intensificou o estado de apreensão.
O governo indiano declarou ter agido em resposta a um ataque ocorrido em 22 de abril, quando tropas paquistanesas abriram fogo contra turistas em Pahalgam, Caxemira, ceifando a vida de 26 pessoas. O Paquistão negou qualquer participação nos incidentes do mês anterior, mas já antecipava uma retaliação da Índia.
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A ofensiva de Nova Deli durou 25 minutos e visava o que a Índia descreveu como “infraestrutura terrorista” de dois grupos militares: o Lashkar-e-Tayyiba e o Jaish-e-Mohammed. A Índia alega que os ataques seriam planejados na Caxemira.
O Paquistão respondeu prontamente, abrindo fogo na área de fronteira e destruindo cinco veículos indianos. O primeiro-ministro paquistanês, Shebaz Sharif, classificou os ataques indianos como “ato de guerra” e autorizou uma resposta adequada.
Fonte: Carta Capital