O Ministério das Relações Exteriores repudiou, na quarta-feira (21.mai.2025), por meio de comunicado oficial, os recentes ataques de Israel na Faixa de Gaza. A instituição também solicitou a retirada das tropas israelenses do território ocupado.
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O Ministério das Relações Exteriores declarou que o emprego da fome configura crime de guerra. Adicionalmente, solicitou que Israel autorize a admissão de assistência humanitária em Gaza, que permanece sob bloqueio total há mais de dois meses. A Defesa Civil de Gaza comunicou na terça-feira (20.mai.2025) que, pelo menos, 44 pessoas faleceram em decorrência dos ataques israelenses.
O Brasil solicita ao governo de Israel a permissão imediata e irrestrita de acesso humanitário ao território, em conformidade com suas obrigações do Direito Internacional Humanitário, além de reiterar o apelo pela cessação permanente dos conflitos, a retirada total das tropas israelenses de Gaza e a libertação dos reféns ainda detidos.
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O governo brasileiro também se manifestou contrariamente à declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que “assumirá o controle”.
O Brasil lembra que qualquer alegação de exercer poder permanente sobre territórios ocupados é incompatível com as normas do direito internacional. O país reafirma que a única solução legítima e duradoura para o conflito reside na implementação definitiva da solução de dois Estados.
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De acordo com o Itamaraty, somente nos últimos dias foram registrados 300 mortos entre palestinos e mais de 60 mil pessoas deslocadas à força.
Leia a anotação na íntegra.
O governo brasileiro condena veementemente o lançamento da nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza, com o aumento dos bombardeios aéreos e a expansão das operações terrestres, que resultaram, nos últimos dias, na morte de mais de 300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e que obrigaram ao deslocamento de mais de 60 mil pessoas.
O Brasil lamenta a afirmação do Primeiro-Ministro de Israel de que o país “assumirá o controle” de toda a Faixa de Gaza, recordando que qualquer alegação de exercer poder permanente em território ocupado é incompatível com as normas do direito internacional. O Brasil reitera que a única solução legítima e sustentável para o conflito está na implementação definitiva da solução de dois Estados.
A Faixa enfrenta, há mais de dois meses, bloqueio completo, além de risco iminente de fome generalizada. O Brasil expressa grave preocupação com a anunciada intenção israelense de permitir o mínimo de alimentos e remédios em Gaza, lembrando que o uso da fome como método constitui crime de guerra.
O Brasil solicita ao governo de Israel que autorize o acesso imediato e irrestrito de ajuda humanitária ao território, em linha com suas obrigações do Direito Internacional Humanitário, e reforça seu apelo pela cessação definitiva dos conflitos, retirada total das tropas israelenses de Gaza e libertação dos reféns ainda detidos.
Fonte: Poder 360