O ministro Moraes afirmou que não tolerará qualquer tipo de demonstração exagerada no seu tribunal
Juiz determinou que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres não respondesse às perguntas do ex-comandante do Exército.
O ministro do STF Alexandre de Moraes declarou que não toleraria que a defesa do ex-ministro da Justiça transformasse o depoimento de testemunhas de acusação no caso da tentativa de golpe de 2022 em “circo”.
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O advogado Eumar Novacki questionou o ex-comandante do Exército Freire Gomes acerca da suposta “minuta do golpe”, apresentada por Jair Bolsonaro (PL) em encontros com os chefes das Forças Armadas. Ele buscou saber do militar se o documento, que, segundo a PGR, foi descoberto na residência de Torres, correspondia ao exposto pelo ex-presidente.
O senhor já fez a mesma pergunta 4 vezes e a testemunha foi muito clara […]. Eu não vou permitir que a Vossa Senhoria faça circo no meu Tribunal […]. Não dá para tentar induzir a testemunha, declarou Moraes, irritado.
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A defesa de Torres visava dissociar o ex-ministro da autoria do decreto que propunha a ruptura institucional por meio de Estado de Sítio ou da Garantia da Lei e da Ordem.
Antes, contudo, Moraes já havia reprimido Freire Gomes, que suavizou a versão do seu depoimento à PF sobre a adesão do comandante da Marinha, Almir Garnier, à tentativa de golpe. O almirante é um dos réus do grupo.
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“A testemunha não pode omitir o que sabe. Se mentiu na polícia, tem que dizer que mentiu na polícia. Não pode, perante o STF, falar que não lembra”, afirmou Moraes.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal prestaram depoimentos à Polícia Federal.
O ex-comandante do Exército foi indicado pela PGR como testemunha de acusação no julgamento por tentativa de golpe em 2022. A 1ª Turma do STF iniciou os depoimentos do núcleo 1 nesta segunda-feira (19.mai).
As audiências serão conduzidas por videoconferência e não haverá transmissão pública.
A mídia teve acesso à sala da 1ª Turma do STF por meio de um painel instalado, contudo, os jornalistas ficaram impedidos de realizar qualquer gravação.
Fazem parte do núcleo 1, além do ex-presidente Jair Bolsonaro:
Serão ouvidas 81 testemunhas, incluindo os ex-comandantes das Forças Armadas Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Fonte: Poder 360