O mundo conta com 122 milhões de pessoas deslocadas à força, com a Venezuela na liderança da lista de refugiados

O número de deslocados pela guerra, violência e perseguição alcançou 123,2 milhões até o final de 2024, diminuindo para 122,1 milhões até o final de abril deste ano.

12/06/2025 20h47

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Al Nusairat (---), 08/06/2024.- Internally displaced Palestinians on the move following an Israeli miltary operation at Al Nusairat refugee camp in the central Gaza Strip 08 June 2024. More than 36,000 Palestinians and over 1,400 Israelis have been killed, according to the Palestinian Health Ministry and the Israel Defense Forces (IDF), since Hamas militants launched an attack against Israel from the Gaza Strip on 07 October 2023, and the Israeli operations in Gaza and the West Bank which followed it. EFE/EPA/MOHAMMED SABER

O número de pessoas deslocadas registrou uma leve queda em relação ao recorde, mas permanece “insustentavelmente elevado”, com a Venezuela liderando a lista mundial de refugiados e pessoas necessitadas de proteção internacional, alertou a ONU nesta quinta-feira (12). O número de deslocados pela guerra, violência e perseguição atingiu o recorde de 123,2 milhões no final de 2024, mas caiu para 122,1 milhões no final de abril deste ano. “O número de deslocados é atualmente o triplo do número de 2011 e demonstra uma profunda crise global em torno da proteção de civis”, alertou Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados (NRC, na sigla em inglês), uma importante organização humanitária presente em cerca de 40 países. As principais causas dos deslocamentos forçados continuam sendo os grandes conflitos: Sudão, Mianmar e Ucrânia.

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Observa-se um grande número de países fechando fronteiras e reduzindo drasticamente o financiamento humanitário. Governos estão gastando em armas recursos que deveriam ser investidos em refugiados e na proteção dos mais vulneráveis, afirmou Egeland. A Acnur alertou que a evolução dos grandes conflitos em todo o mundo determinará se o número voltará a aumentar. A Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) destaca em seu relatório anual que esta leve queda se deve aos quase dois milhões de sírios que conseguiram retornar para suas casas após a queda do regime do presidente Bashar al Assad e mais de uma década de guerra. Esse fator, somado à queda no número de refugiados afegistos, faz da Venezuela o país com o maior número combinado de refugiados e pessoas necessitadas de proteção internacional, com 370,2 mil e 5,9 milhões, respectivamente, ao final de 2024, segundo a Acnur. Esse número é 2% maior do que em 2023.

A grande maioria dos venezuelanos encontra-se na América Latina, sobretudo na Colômbia (que, com 2,8 milhões de habitantes, é o terceiro país do mundo com a maior população de refugiados), seguida pelo Peru (1,1 milhão), Brasil (605,7 mil), Chile (523,8 mil) e Equador (441,6 mil). Nos Estados Unidos, a maioria dos pedidos de asilo foi de venezuelanos (116,7 mil). A Acnur destacou que os venezuelanos foram a segunda nacionalidade a apresentar o maior número de pedidos de asilo no ano anterior, com 268.100. Os colombianos ficaram em quarto lugar (149.500) e os sudaneses lideraram a lista (441.400). No primeiro semestre de 2024 (últimos dados disponíveis), os Estados Unidos receberam um total de 729.100 pedidos de asilo. A maioria originou-se de países da América Latina e do Caribe, principalmente venezuelanos (116.700), colombianos (79.300), mexicanos (54.000) e haitianos (46.600).

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Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Sarah Paula

Fonte por: Jovem Pan

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