O novo presidente da Coreia do Sul emite alerta sobre protecionismo ao assumir o cargo
O candidato de centro-esquerda, Lee Jae-myung, assumiu o controle de um país que lidava com um cenário de crise política decorrente da breve declaração de estado de emergência em dezembro de 2024.

# Nova Presidência da Coreia do Sul e Desafios Internacionais
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O novo presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, emitiu um aviso nesta quarta-feira (4) contra o protecionismo comercial, que põe em risco a “sobrevivência” de seu país, ao assumir o poder poucas horas após ser declarado vencedor na eleição antecipada de terça-feira (3). Lee afirmou no pronunciamento que buscará um “diá” com a Coreia do Norte para aprimorar as relações com o país vizinho, que detém armas nucleares.
O candidato de centro-esquerda tomou o controle de um país que vivencia uma situação de crise política decorrente da breve declaração de estado de emergência em dezembro de 2024. O presidente eleito superou o candidato conservador Kim Moon-soo, do partido do ex-presidente Yoon Suk Yeol, que reconheceu a derrota.
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Em uma eleição presidencial comum na Coreia do Sul, o vencedor possui um período de transição de meses, porém, devido à realização de um pleito antecipado, o governo de Lee iniciou-se de forma imediata. “As rápidas mudanças na ordem mundial, como o crescente protecionismo e a reestruturação da cadeia de suprimentos, representam uma ameaça à nossa sobrevivência”, declarou Lee, de 61 anos, ao assumir o cargo, em referência ao caos provocado pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lee tomou posse poucas horas antes de Washington impor tarifas de 50% às importações de aço e alumínio, duas exportações cruciais de Seul.
### Diácom a Coreia do Norte
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Em seu discurso, Lee também prometeu “continuar o diáa comunicação e a cooperação” com a Coreia do Norte, “para buscar um caminho rumo à coexistência pacífica e à prosperidade compartilhada”. “Não importa quão caro seja, a paz é melhor que a guerra”, declarou Lee ao prometer que vai “dissuadir as provocações nucleares e militares norte-coreanas, ao mesmo tempo que se abrem os canais de comunicação”.
As relações entre as duas Coreias, que permanecem tecnicamente em guerra, deterioraram-se nos últimos anos, em meio ao crescente armamentismo de Pyongyang. Lee iniciou o primeiro dia no cargo com o tradicional informe do alto comando militar, que confirmou formalmente a transferência do controle operacional do país. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, declarou que deseja “energizar” a cooperação do seu país com a Coreia Sul, bem como entre os dois países asiáticos e os Estados Unidos.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, felicitou Lee e afirmou que os dois países compartilham um compromisso sólido com sua aliança, fundamentada em valores compartilhados e em laços econômicos profundos. Os sul-coreanos compareceram em massa às urnas para eleger o novo chefe de Estado e pôr fim a seis meses de instabilidade política. Lee enfrentará diversos desafios, incluindo a desordem causada pelas tarifas americanas, que impactaram a economia exportadora da Coreia do Sul. Além disso, terá que lidar com uma das menores taxas de natalidade do mundo.
### Referendo sobre Yoon
Após a tentativa de aplicação da lei marcial, o país teve diversos presidentes interinos. Yoon foi afastado do cargo, acusado de insurreição, detido após semanas de resistência e destituído pelo Tribunal Constitucional. O país, de 52 milhões de habitantes, que passou para o regime democrático em 1987, é cenário de uma polarização após a crise política provocada pela lei marcial.
As pesquisas apontam que a eleição é visto como um referendo sobre o governo anterior, afirmou a AFP Kang Joo Hyun, professora de Ciência Política da Universidade de Sookmyung. Na noite da lei marcial, o ex-advogado Lee Jae Myung transmitiu ao vivo sua corrida frenética em direção ao Parlamento e conseguiu se unir a outros quase 200 deputados para votar uma moção que frustrou a iniciativa de Yoon.
Em 2023, ele sofreu um atentado que o colocou à beira da morte, razão pela qual promoveu sua campanha utilizando um colete à prova de balas e realizou seus discursos sob proteção de vidros à prova de balas.
Com informações da AFP.
Fonte por: Jovem Pan