O Papa Francisco I começa seu governo com críticas aos excessos do capitalismo

Antes de ser papa, Prevost criticou a política de imigração do governo de Donald Trump.

18/05/2025 14h31

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(Imagem de reprodução da internet).

O Papa Francisco sinalizou seu pontificado neste domingo, 18, ao criticar uma economia que degrada o meio ambiente e exclui os mais pobres, em uma celebração religiosa com milhares de fiéis, entre eles o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, a presidente peruana Dina Boluarte e diversos líderes latino-americanos.

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Dez dias após sua eleição, o primeiro papa americano enfatizou os valores de paz e unidade em uma cerimônia com a presença de 200 mil pessoas, conforme informado por autoridades italianas.

Observou que, atualmente, persistem inúmeras divergências, muitas feridas originadas do ódio, da violência, do preconceito, do receio do que é diferente e por um modelo econômico que explora os recursos do planeta e exclui os mais vulneráveis.

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Francisco estabeleceu a orientação social que visa ao seu pontificado, após optar por um nome em homenagem a Leão XIII (1878-1903), o pai da doutrina social da Igreja, que criticou a exploração da classe trabalhadora no final do século XIX.

O novo bispo de Roma, com 69 anos, que residiu no Peru por mais de duas décadas como missionário e exerceu o cargo em Chiclayo, teve uma conversa com a presidente Boluarte antes da celebração da missa, discutindo sobre o estado do povo peruano.

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Durante uma cerimônia repleta de rituais e símbolos, o Leão XIV recebeu os emblemas papais: o pálio, uma vestimenta que se estende sobre os ombros e veste-se sobre a cassola, e o anel do pescador, criado sob medida para cada papa e destinado a ser desfeito após sua morte.

O papa expressou sua gratidão, ressaltou a unidade da Igreja e defendeu a caridade.

Antes da missa, o líder de 1,4 bilhão de católicos caminhou no papamóvel pela Praça São Pedro para cumprimentar a multidão.

A carga aumenta sobre os ombros.

A eleição de Leopoldo II, nascido em Chicago, provocou entusiasmo nos Estados Unidos, que enviaram à cerimônia o vice-presidente JD Vance, que se converteu ao catolicismo em 2019, e o secretário de Estado Marco Rubio, que é de origem cubana e também católico.

JD Vance trocou um breve aperto de mão com o novo papa neste domingo, mas não lhe foi concedida uma audiência privada. “Os Estados Unidos estão muito orgulhosos dele (… ) nossas orações o acompanham no início de sua missão tão importante”.

Antes de ser papa, Prevost criticou o governo de Donald Trump em relação à política de imigração, assim como Vance, que apagou as mensagens da sua conta pessoal na rede X.

O papa também solicitou a edificação de um novo mundo onde haja paz, uma mensagem com grande impacto, especialmente na presença do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, que recebeu em audiência privada após a cerimônia, e do presidente israelense Isaac Herzog.

Após a missa, comentou sobre a Ucrânia “martirizada”, esperando “negociações por uma paz justa e duradoura”, e de Gaza, onde “crianças, famílias e idosos que sofrem com a fome” estão.

Sophia Tripp, uma estudante de 20 anos originária dos Estados Unidos, que reside em Chicago, considera que o novo papa terá maior influência devido à sua nacionalidade.

A celebração incluiu a presença dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do Equador, Daniel Noboa, e do Paraguai, Santiago Peña.

Entre os convidados de destaque também estavam o novo chanceler alemão, Friedrich Merz, e o rei e a rainha da Espanha, Felipe e Letizia.

Erradicar as disparidades.

Após visitar o túmulo de São Pedro, situado sob o altar da basílica que o homenageia, Leão XIV seguiu em procissão até a praça para celebrar a missa, que foi realizada em diversos idiomas.

Na sua primeira semana como papa, Leão XIV reiterou seu compromisso social e na oposição às desigualdades globais e às condições de trabalho precárias, além de defender sua concepção da família fundada na união estável de um homem e uma mulher.

Leão XIV, sucessor do carismático Francisco, herda uma Igreja marcada pelos escândalos persistentes de abuso sexual envolvendo padres.

Também deverá abordar temas polêmicos, como a posição das mulheres na Igreja, a questão do celibato sacerdotal e as finanças da Santa Sé.

Fonte: Carta Capital

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