O plano para retirar a favela do Moinho está sendo executado com criticas dos residentes
15/04/2025 às 12h45

São Paulo – O plano do governo estadual de São Paulo para a remoção da Favela do Moinho, no centro da capital paulista, está prestes a entrar em uma nova fase nos próximos dias com o início do reassentamento dos moradores.
A favela será reservada para o Parque Moinho, anunciado em setembro de 2024 pela administração Tarcísio de Freitas (Republicanos), e isso já foi discutido com os moradores desde o início do ano. O governo se reuniu com eles para firmar acordos habitacionais através da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).
De acordo com o órgão responsável, 86% das famílias da comunidade se inscreveram no programa. Até agora, 441 delas já possuem um nova residência e estão prestes a deixar brevemente a área atual. O acordo oferece uma ajuda financeira para mudança em valor de R$2.400 e uma assistência mensal de moradia no valor de R$800.
A Associação de Moradores da Favela Moinhos observou que os valores não são suficientes para garantir a permanência dos moradores no centro de São Paulo e criticou a política de remoção. Além do valor pago, o tamanho das habitações também é considerado um problema porque elas não atendem ao perfil da família.
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“A questão é que eles estão oferecendo kitnets para pagamento em trinta anos. Isso equivale a uma subsídio de vinte por cento do salário. A maioria das famílias aqui são grandes e dizem que as famílias aceitam, pressionando as famílias para aceitar essa proposta deles (…)”, disse um áudio circulante entre os moradores, divulgado pela Associação.
A CDHU começou a chamar os moradores na Barão de Limeira para seu escritório com propostas ruins e ameaçando-os, dizendo que tinham até essa semana pra decidir qual apartamento escolher. Eles estavam atropelando todas as negociações em andamento. Ameaçaram porque se os moradores não aceitassem o serviço oferecido, poderiam ficar sem nenhum atendimento – isso é mentira.
A informação de que as remoções começariam nesta terça-feira, 15/4, fez com que a associação agendasse uma manifestação às 16h. Eles já se reunieram em reunião no último sábado, 12, para discutir o tema.Reescrevi exatamente este texto sem adicionar expressões como ”, ” ou qualquer outra frase introdutória e mantive-o em português brasileiro com significado original preservando a concisão e clareza.
A CDHU nega que os acordos estão sendo feitos arbitrariamente. Argumenta que a remoção ocorre porque o local apresenta risco para moradores devido às instalações insalubres e ao potencial perigo por precariedade de construções e ligações elétricas.
Favela de Moínhos(Título)
A favela Moinho é a única que restou no centro de São Paulo. Ela está localizada perto da região onde o governo Tarcísio de Freitas, dos Republicanos, pretende instalar sua nova sede administrativa. O lugar também já foi indicado como base do Primeiro Comando da Capital (PCC) para controlar a Cracolândia.
A comunidade reside entre as faixas da CPTM e sofre com falta de serviços básicos de saneamento.Para melhorar suas condições de vida é necessário uma demanda antiga.
Nos últimos anos, a comunidade sofreu pelo menos dois grandes incêndios graves – o maior deles em 2011 causou a morte de duas pessoas e fez com que muitas famílias ficassem sem abrigo. Além disso, a comunidade é frequente alvo de operações policiais.
Fonte: Metrópoles