O político afirmou que o documento apreendido em sua residência não era um rascunho do esquema fraudulento
Ex-ministro da Justiça afirmou ao STF desconhecer como o documento chegou à sua residência.

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (10.jun.2025) que o documento apreendido pela PF (Polícia Federal) não era a minuta do golpe, mas sim um texto de um possível decreto para implementar estado de sítio ou de defesa, que necessitava de aprovação do Congresso.
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Na realidade, não se tratava de um rascunho do golpe, era um rascunho do Google. Eu sequer sabia que isso estava em minha casa. Não sei quem o fez e nunca foi discutido. Esse documento foi entregue no meu gabinete no Ministério da Justiça. Eu levava duas pastas com a agenda do dia seguinte, discursos e outra com documentos gerais do ministério. Eu nem lembro de ter visto esse documento. Eu o vi somente na PF.
O ex-ministro da Justiça afirmou que não conversou sobre o teor da minuta com ninguém, inclusive com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Torres afirmou: “Eu nunca tratei isso com o presidente, eu nunca tratei isso com ninguém. Isso veio até o meu gabinete no Ministério da Justiça, foi organizado pela minha assessoria, isso veio num envelope dentro, foi parar na minha casa, mas eu nunca discuti esse assunto, eu nunca trouxe isso à tona, isso foi uma fatalidade que aconteceu, porque era para ter sido destruído há muito tempo, o documento é muito mal escrito, cheio de erros de concordância. Eu nunca trabalhei isso”.
Torres é um dos réus no processo penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. De acordo com a investigação, além de possuir a minuta, ele teria se abstenido durante os eventos do dia 8 de Janeiro. A Época, na época, era o secretário de Segurança do Distrito Federal.
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Torres declarou ao STF que, na data do episódio, encontrava-se em período de férias nos Estados Unidos e que outra pessoa exercia a função de secretária. Alegou que a viagem havia sido previamente agendada e negou que o objetivo fora permanecer fora do país durante os atos extremistas.
Ao ver aquilo [atos do 8 de janeiro], eu estava em um parque na Disney. Considerando o que deixei acontecer em Brasília, era inimaginável o que ocorreria. Observo que houve uma falha muito grave no cumprimento do protocolo, que prevê isolamento da praça e o uso de tropas especializadas, sendo considerado um protocolo grave.
Torres também foi questionado por Moraes sobre as questões levantadas por ele em relação à integridade das urnas eletrônicas na reunião ministerial de 5 de julho de 2022.
Torres contestou que tenha impugnado o resultado das eleições e afirmou não constatar irregularidades nos sistemas de votação.
Fonte por: Poder 360