No 59º aniversário da fundação do partido Fatah, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que o povo palestino não aceitará o deslocamento de sua terra, informou a agência de notícias Wafa neste domingo (31).
“No relatório, Abbas afirmou que hoje, o povo palestino enfrenta uma guerra de aniquilação na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém. Esta guerra tem como objetivo acabar com a nossa luta nacional e transformá-la em uma questão humanitária, num repetição do que aconteceu na Nakba em 1948.”
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A Nakba, ou “catástrofe”, foi quando cerca de 700.000 palestinos fugiram ou foram expulsos de suas casas no que hoje é Israel.
“Porém, explicamos a eles que conforme eles aumentarem sua agressão e terrorismo, nosso povo se tornará mais forte, determinado e comprometido em defender sua terra e seus direitos nacionais legítimos”, disse Abbas.
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Muitas pessoas que tiveram que deixar suas casas internamente
Israel pediu que mais moradores deixem suas casas à medida que continua sua ofensiva terrestre em partes do centro e sul de Gaza. As Nações Unidas estão preocupadas com cerca de 150.000 pessoas que vivem nessas áreas, muitas das quais já foram deslocadas de regiões do norte do território e não têm para onde ir.
De acordo com a ONU, recentemente cerca de 100.000 pessoas se juntaram em Rafah, no extremo sul de Gaza, que já é a área mais populosa do território. Os residentes afirmam que as condições são muito ruins.
Abbas é o líder da Autoridade Palestina, um órgão governamental com autonomia limitada na Cisjordânia e entidade separada do Hamas, que controla Gaza e está em guerra com Israel.
A Autoridade Palestina foi criada em 1993 nos Acordos de Oslo, que foram um acordo de paz entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina. Nesse acordo, a OLP parou sua resistência armada contra Israel, em troca da garantia de um Estado palestino independente.
O Hamas tomou o controle de Gaza depois de uma breve guerra com o Fatah, um grupo palestino que é parte da Autoridade Palestina.
