Na quarta-feira (6), o presidente da Guiana, Irfaan Ali, revelou em entrevista que Lula afirmou que o Brasil apoia intensamente a nação sul-americana.
“De acordo com o presidente Lula, o Brasil expressa forte apoio à Guiana e espera que a Venezuela não adote atitudes imprudentes”, ressaltou.
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Ali também pontuou que o governo está trabalhando com o Departamento de Defesa e o Departamento de Estado dos EUA e que espera que “nas próximas 24 horas sejam divulgadas muitas declarações fortes e comunicações fortes com a Venezuela”.
Ali enfatizou, em entrevista, que é importante deixar claro para os investidores e para o povo da Guiana que Essequibo é território guianense. Em 1899, as fronteiras foram definidas, com a participação da Venezuela na decisão.
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A batalha pelo Essequibo
A Venezuela quer ter controle sobre a região de Essequibo, que é responsável por cerca de dois terços do território da Guiana. Essa região é rica em petróleo e tem sido alvo de uma disputa que já dura bastante tempo entre os dois países.
Na última terça-feira, dia 5, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que foi estabelecida a zona de defesa integral da Guiana Essequiba, e nomeou um general como a autoridade única dessa área.
Ele também decidiu que um novo mapa da Venezuela será publicado e distribuído nas escolas e universidades do país. Esse mapa inlcuirá a Guiana Essequiba como parte do território venezuelano.
Um referendo no domingo (3) aprovou medidas que podem levar à anexação do território. As cinco perguntas do referendo foram aprovadas com mais de 95% de aprovação, segundo a autoridade eleitoral do país.
Com o aumento da tensão na área e iminência de uma invasão, o governo brasileiro enviou 16 tanques para Roraima. O efetivo militar do Exército brasileiro também ganhou reforço na fronteira, e a inteligência da Polícia Federal monitora a situação.
Reunião para discutir segurança internacional no conselho
A Guiana solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para falar sobre o que está acontecendo na região de Essequibo.
O país representante na ONU pediu, e agora o Equador, que está presidindo o conselho este mês, vai avaliar a solicitação.
A reunião será na sexta-feira (8) às 15h, no horário de Nova York (17h, no horário de Brasília). Será uma reunião privada.
Em entrevista, Irfaan Ali afirmou que, logo após o anúncio de Maduro sobre a zona militar, ele entrou em contato com o secretário-geral das Nações Unidas.
“Como você sabe, a Guiana segue as leis do país. Confiamos no Tribunal Internacional de Justiça. É por isso que preferimos resolver essa controvérsia através do TIP.”
“Estamos tomando todas as medidas de precaução para lidar com a tentativa desesperada da Venezuela de tomar nosso território”, disse.
