O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que não há fome na Faixa de Gaza

O primeiro-ministro israelense faz declaração no momento em que organizações apontam para aumento da desnutrição no enclave. Leia no Poder360.

28/07/2025 3h52

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(Imagem de reprodução da internet).

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), afirmou no domingo (27.jul.2025) que “não há fome” na Faixa de Gaza. A declaração ocorreu no mesmo dia em que o Ministério das Relações Exteriores do país anunciou que haverá pausas diárias no conflito para possibilitar a distribuição de ajuda humanitária em corredores e pontos de distribuição de alimentos.

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Israel é apresentado como se estivesse conduzindo uma campanha de fome em Gaza. Que mentira descarada. Não há política de fome em Gaza e não há fome em Gaza. Permitimos que a ajuda humanitária entre em Gaza durante toda a guerra, declarou em conferência cristã em Jerusalém. Segundo o primeiro-ministro, o Hamas impede o fornecimento de ajuda humanitária aos residentes do enclave.

Permitimos a entrada da quantidade exigida pelo direito internacional. Há centenas e centenas de caminhões carregados com toneladas de alimentos. Fornecemos 1,9 milhão de toneladas de alimentos desde o início da guerra. Quase 2 milhões de toneladas. E, agora, temos centenas de caminhões esperando ao lado de Gaza.

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O governo de Israel informou, por meio de comunicado oficial, que a suspensão das operações será realizada diariamente, entretanto, no período compreendido das 10h às 20h, nas áreas de Al-Mawasi, Deir al-Balah e Cidade de Gaza, até posterior comunicação.

As ações foram tomadas em um contexto de pressão internacional pelo cessar-fogo em Gaza. O Ministério israelense declarou que a decisão foi coordenada com a ONU e organizações internacionais.

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A Organização Mundial da Saúde identificou o aumento da desnutrição causado pela fome na Faixa de Gaza. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a agência ficou impedida de fornecer qualquer tipo de alimento no território palestino durante quase 80 dias, de março a maio de 2025.

Israel suspendeu o envio de mercadorias para Gaza em março. A restrição foi revogada parcialmente em maio, porém as condições para a chegada de assistência humanitária ainda restringem o acesso a alimentos.

O governo israelense justifica as restrições como medidas para impedir o desvio de recursos para o Hamas. Organizações humanitárias, por sua vez, apontam que apenas uma pequena parcela da ajuda necessária efetivamente alcança a população da Faixa de Gaza.

Fonte por: Poder 360

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