O principal suspeito em uma grande operação contra o tráfico de armas está foragido
05/12/2023 às 11h05

Diego Hernan Dirísio, argentino, está sendo procurado pela Polícia Federal. Ele não foi encontrado durante a operação Dakovo realizada nesta terça-feira (5).
Segundo fontes da PF, Dirísio é o principal alvo da ação, que investiga a venda de 43 mil armas para as principais facções criminosas do Brasil, que têm forte atuação em São Paulo e no Rio de Janeiro.
De acordo com uma investigação feita pelo Grupo de Investigações Sensíveis da Bahia (Gise) coordenado pela PF de Brasília, descobriu-se que a pessoa em questão estava comprando armas de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia para vendê-las a criminosos no Brasil. Antes de serem vendidas, as armas passavam pelo Paraguai.
A PF diz que 43 mil armas foram contrabandeadas para o Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC). Esse esquema movimentou R$ 1,2 bilhão, segundo as investigações.
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O argentino é conhecido como o maior contrabandista de armas na América do Sul. Ele vendia armas através de uma empresa que possuía na capital do Paraguai. A Justiça da Bahia determinou que seu nome seja incluído na Difusão Vermelha da Interpol, permitindo sua prisão em qualquer país.
A PF cumpre 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão no Brasil, Estados Unidos e Paraguai contra o grupo suspeito de vender as 43 mil armas.
A investigação teve início em 2020, quando foram encontradas pistolas e munições na Bahia. As armas estavam com o número de série apagado, mas a PF conseguiu levantar pistas sobre sua procedência e avançar nas investigações através de perícia.
Neste período foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no território brasileiro, apreensões estas realizadas em 10 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.