O que se sabe sobre o cessar-fogo entre Índia e Paquistão

Estados Unidos afirmam ser o principal responsável pelo acordo, com países apresentando visões divergentes.

11/05/2025 1h07

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Índia e Paquistão concordaram com um cessar-fogo imediato no sábado (10), interrompendo os piores confrontos em décadas entre os vizinhos que possuem armamento nuclear, em um momento em que os ataques pareciam estar fora de controle.

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A Índia e o Paquistão apresentaram relatos divergentes sobre a duração da participação dos Estados Unidos no acordo, apesar do presidente dos EUA, Donald Trump, ter sido o primeiro a anunciar o cessar-fogo e afirmar a sua origem.

após o anúncio, surgiram relatos de irregularidades de ambas as partes, gerando dúvidas sobre a sua duração.

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Qual foi a origem da trégua?

Antes das 9h (horário de Brasília), Trump anunciou o cessar-fogo por meio de uma publicação na rede social Truth Social, correspondendo às 17h na Índia e no Paquistão.

Após uma longa noite de negociações mediadas pelos Estados Unidos, tenho o prazer de anunciar que a Índia e o Paquistão concordaram com um CESSAR-FOGO TOTAL E IMEDIATO, disse Trump, parabenizando os líderes de ambos os países por “usarem bom senso e grande inteligência”.

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Em seguida, o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que a Índia e o Paquistão não apenas concordaram com um cessar-fogo, mas também “iniciaram negociações sobre um amplo conjunto de questões em um local neutro”.

Rubio afirmou que o cessar-fogo se verificou após ele e o vice-presidente J.D. Vance terem conversado nos últimos dois dias com altos funcionários de ambos os países.

Em um minuto, o Paquistão confirmou que o cessar-fogo entrou em vigor imediatamente. A confirmação indiana ocorreu em seguida.

O Ministério da Informação da Índia declarou que o acordo foi resultado de uma negociação direta entre os dois países, reduzindo a influência dos Estados Unidos e refutando a declaração de Trump. O ministério também assegurou que “não houve decisão” de prosseguir com novas negociações.

Autoridades paquistanesas manifestaram elogios a Washington.

O Primeiro-Ministro Shehbaz Sharif agradeceu ao Presidente Trump por sua liderança e papel ativo na promoção da paz na região.

Uma fonte paquistanesa familiarizada com as negociações informou à CNN que os EUA e Rubio foram cruciais para a concretização do acordo, delineando um panorama de negociações que estavam em dúvida até a confirmação da trégua.

Relatos distintos.

Não é surpreendente que esses adversários tenham apresentado relatos distintos sobre a forma como o acordo de cessar-fogo foi estabelecido.

De acordo com especialistas, o Paquistão, com sua forte dependência de assistência externa, demonstra uma crescente inclinação a receber a Índia, que é vista como uma superpotência em ascensão e que historicamente resiste à mediação internacional.

A Índia nunca aceitou mediação em nenhuma disputa, seja Índia-Paquistão ou Índia-China, ou qualquer outra.

“O Paquistão, por sua vez, sempre procurou mediação internacional, a elogia”, declarou, afirmando que “é a única forma de pressionar a Índia a debater e solucionar a disputa no Cachemira”.

As disputas anteriores ao cessar-fogo de sábado foram caracterizadas por alegações, refutações e desinformação de ambas as partes. Com o conflito interrompido, ambos os lados estão aprofundando seus esforços para definir as percepções sobre o que a luta obteve e como terminou.

Fonte: CNN Brasil

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