O setor agrícola deve se concentrar em lucros duradouros decorrentes do aumento das tarifas dos Estados Unidos, afirma Marcos Jank

Especialista recomenda priorizar ganhos estruturais, incluindo a abertura de novos mercados e a diversificação das exportações, considerando as tensões comerciais.

06/05/2025 21h11

1 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

A disputa comercial entre Estados Unidos e China pode representar oportunidades relevantes para o agronegócio brasileiro, conforme avalia o professor Marcos Jank do Insper Agro. O especialista propõe que o Brasil deva priorizar aspectos estruturais para consolidar sua posição no mercado internacional.

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Jank aponta três áreas-chave de oportunidade: a consolidação da abertura de mercados, as possibilidades de diversificação e a adição de valor nas exportações. No cenário atual de incertezas e volatilidade, essas estratégias podem trazer benefícios duradouros para o setor agrícola brasileiro.

Soja: diminuindo a dependência da China

O especialista aponta que a China está adquirindo a maior quantidade possível do Brasil e do hemisfério sul para diminuir sua dependência dos Estados Unidos no segundo semestre. Isso possibilita para o Brasil diversificar seus próprios compradores, considerando que atualmente 73% das exportações de soja brasileiro são destinadas ao mercado chinês.

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Propôs-se que Jank é aumentasse a mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, conforme o previsto para março passado. Essa ação geraria a moagem suplementar de 2 milhões de toneladas de soja no país, com 20% convertido em óleo ou biodiesel e 80% em farelo para exportação ou utilização na produção de carnes.

Carnes: consolidação e expansão de mercados

Para o setor de carnes, Jank propõe duas estratégias primordiais. Inicialmente, consolidar a entrada no mercado chinês por meio da autorização de novas unidades frigoríficas, possibilitando que o Brasil substitua os Estados Unidos no fornecimento de carne suína, de aves e bovina para a China.

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Em segundo lugar, o especialista sugere focar na expansão para mercados ainda pouco acessíveis ao Brasil, incluindo Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia e Vietnã. É preciso considerar não apenas as tarifas, mas também as barreiras não tarifárias, como questões técnicas, ambientais, sanitárias e limites de importação.

Jank argumenta que, com a adoção de uma política protecionista pelos Estados Unidos, o Brasil pode se destacar como um fornecedor seguro e confiável de produtos agropecuários e alimentos para o mercado global, em busca de mercados mais abertos e com livre comércio.

Fonte: CNN Brasil

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