O setor agrícola brasileiro representa 60% das fontes de energia renovável disponíveis na matriz energética nacional, conforme o estudo “Dinâmicas de Demanda e Oferta de Energia pelo Agronegócio”, publicado na terça-feira (24.jun.2025) pelo Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da FGV (Fundação Getulio Vargas). A íntegra (PDF – 2 MB) está disponível.
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O segmento é responsável por 29% de todo o consumo energético do país.
O estudo examinou os dados de consumo e oferta de energia no setor agropecuário brasileiro, confrontando-os com médias globais e de outros países produtores.
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Em 2022, o Brasil apresentou intensidade de uso de energia na agropecuária de 1,9 GJs por US$ 1.000 de valor bruto de produção, um nível similar à média mundial de 1,7 GJs/US$ 1.000.
No âmbito da produção específica de alimentos, o consumo brasileiro atingiu 2,0 GJ por US$ 1.000, um valor levemente superior à média global, porém inferior a outros produtores relevantes, como Argentina (8,2 GJ/US$ 1.000), Canadá (4,3 GJ/US$ 1.000), Espanha (2,4 GJ/US$ 1.000) e França (2,2 GJ/US$ 1.000).
Sem a contribuição do agronegócio, a matriz brasileira de energia renovável diminuiria de 49% para cerca de 20% e se aproximaria da média global de 15%.
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Luciano Rodrigues, coordenador do núcleo de bioenergia do Observatório da FGV, ressalta a abrangência da contribuição do setor: “Esse protagonismo não se limita à quantidade de energia limpa oferecida no País ou à presença dos biocombustíveis no setor de transporte, ele também se reflete nos destinos da bioenergia do agronegócio, que se posiciona como principal origem da matriz energética de diversos setores industriais”.
A pesquisa também examinou, no período de 1970 a 2023, quais segmentos econômicos empregam a bioenergia do agronegócio. O setor industrial se estabeleceu como o maior consumidor, absorvendo mais de 70% dessa oferta no início da série histórica.
Na indústria de setores como alimentos, bebidas, papel, celulose, cerâmica e ferroligas, a energia proveniente da biomassa agropecuária corresponde a mais de 70% do consumo energético total.
Fonte por: Poder 360