O STF retomará julgamento de Carla Zambelli por posse ilegal de arma de fogo

A deputada figura como ré no STF em relação ao ocorrido em que utilizou uma arma de fogo e intimidou o jornalista Luan Araújo, na zona dos Jardins, em S…

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DF - CARLA ZAMBELLI/STF/ARMA/PORTE ILEGAL/JULGAMENTO - POLÍTICA - Foto de arquivo de 12/03/2021 da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) posando com sua pistola 380 durante entrevista exclusiva ao Estadão em residência em Brasília (DF). O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 21 de março de 2025, pela condenação da parlamentar por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Ela responde ao processo por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Como relator, Gilmar Mendes abriu os votos. Ele defendeu que o STF decrete a perda do mandato da deputada como consequência da condenação criminal. O voto já foi acompanhado pela ministra Cármen Lúcia. 12/03/2021 - Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 15 de agosto a retomada do julgamento virtual que pode levar à condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pela segunda vez na Corte. A parlamentar já foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023. O plenário voltará a julgar o processo no qual Zambelli foi denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

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A deputada está ré no STF pelo episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal possui maioria de 6 votos a 0 para condenar a parlamentar a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. Os ministros que votaram pela condenação também se manifestaram pela perda do mandato em função da condenação criminal. Desde março deste ano, o julgamento estava suspenso por um pedido de vista do ministro Nunes Marques, que devolveu o processo para deliberação nesta sexta-feira (1º).

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Os ministros que já votaram seguiram o entendimento do relator, Gilmar Mendes, para quem a reação armada diante de ofensas não encontra amparo no Estado Democrático de Direito. “Ao adentrar no estabelecimento comercial com a arma em punho apontada para Luan, determinando repetidas vezes que o mesmo deitasse no chão, a ré claramente forçou-o a fazer ato contrário à sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo, mediante grave ameaça, restringindo sua liberdade momentaneamente”, afirmou Mendes.

Além do relator, votaram pela condenação os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

Prisão

A deputada foi presa na terça-feira, em Roma, ao tentar fugir do cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do caso do CNJ. Anteriormente, o Judiciário italiano manteve a prisão de Carla Zambelli.

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Zambelli, possuindo dupla nacionalidade, partiu do Brasil em maio passado em busca de asilo político na Itália. Após a fuga para o país italiano, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. Não há prazo definido para a decisão final sobre a extradição, que será avaliada pelo judiciário italiano.

Com informações da Agência Brasil

Fonte por: Jovem Pan

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