O Superior Tribunal de Justiça iniciará na segunda-feira, 19, a oitiva das testemunhas de acusação indicadas pela Procuradoria-Geral da República e pelos defensores dos réus no processo que apura a suposta trama golpista.
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O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, foi um dos primeiros a ser ouvido a partir das 15h de segunda-feira. Ele informou à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira apresentaram dois documentos com a minuta dos atos golpistas.
Ele também teria confirmado sua participação na reunião em que Bolsonaro expôs minuta golpista aos chefes militares, corroborando o que já foi delatado pelo ex-ajudante de ordens do presidente, Mauro Cid.
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Também devem ser ouvidos Carlos Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira; Áder Lindsay Magalhães Balbino, o “gênio” de Uberlândia, suspeito de ajudar PL a questionar urnas; Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-integrante do Ministério da Justiça; e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também estava listado para depoimento pela PGR, porém o órgão desistiu de ouvi-lo. Considerando que Ibaneis também figura na lista de testemunhas de defesa do ex-ministro Anderson Torres, ele ainda deverá ser ouvido pelo Supremo.
Após a oitiva das pessoas indicadas pela acusação, a partir de sexta-feira, 23, estão previstos os depoimentos das testemunhas de Alexandre Ramagem e do general Braga Netto.
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Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, delegado investigado no caso da Abin; Frank Mário de Oliveira, ex-diretor-adjunto da Abin; Rolando Alexandre de Souza, ex-diretor-geral da Polícia Federal; Alexandre Pasiani, ex-diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Segurança das Comunicações (Cepesc); e Waldo Manuel de Oliveira Aires, coronel do Exército.
A partir de 30 de maio, deverão ser ouvidas testemunhas de Bolsonaro. Dentre eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o senador Rogério Marinho (PL-RN).
Entre maio e junho, somente no primeiro semestre, deverão ser ouvidas mais de 80 testemunhas na apuração contra a tentativa de golpismo que visava manter o ex-presidente Bolsonaro no poder.
Fonte: Carta Capital