Pesquisadores identificaram que o Universo poderá se extinguir em aproximadamente 10^79 anos, e não em 10^11 anos, como anteriormente estimava-se.
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O especialista em buracos negros Heino Falcke afirmou em comunicado de imprensa: “O fim definitivo do Universo chegará muito mais cedo do que o esperado, mas, felizmente, ainda leva muito tempo”.
O estudo publicado em maio no Journal of Cosmology and Astroparticle Physics foi realizado pelo grupo de cientistas formado por Falcke, o físico quântico Michael Wondrak e o matemático Walter van Suijlekomm, da Radboud University, na Holanda.
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O cálculo foi realizado com base na radiação de Hawking, definida pelo físico Stephen Hawking em 1975. Essa teoria contrasta com a teoria da relatividade de Albert Einstein, publicada na década de 1900, que afirma que partículas e radiação podem escapar de um buraco negro.
Contrariamente, argumenta-se que, na periferia desse espaço, podem surgir duas partículas temporárias, sendo que, antes de se fundirem, uma delas é absorvida pelo buraco negro e a outra escapa, produzindo a radiação de Hawking. Isso resultaria em seu lento decaimento, desafiando a teoria de Einstein de que eles só crescem.
Os resultados prévios que determinaram o fim do Universo utilizavam conceitos da teoria da relatividade, apontando para um período de 10¹Â¹â°â° anos, o que representava 93% de diferença em relação às estimativas dos cientistas holandeses.
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Simularam o tempo de decaimento das estrelas anãs brancas, corpos celestes persistentes, devido à radiação de Hawking, e aplicaram os resultados ao nosso universo. Além disso, estabeleceram que estrelas de nêutrons e buracos negros desaparecerão após 10<sup>10</sup> anos – um resultado surpreendente, considerando que seu campo gravitacional mais intenso deveria causar sua “evaporação” mais rapidamente.
Ainda, chegaram à conclusão de que a Lua e um ser humano, se expostos às mesmas ondas, desapareceriam após 10 anos.
Com base nesses resultados, a pesquisa que integra a astrofísica, a física quântica e a matemática pode produzir novos resultados. “Ao formular esse tipo de pergunta e examinar casos extremos, buscamos aprimorar a teoria e, quem sabe, um dia solucionar o mistério da radiação Hawking”, afirmou Walter van Suijlekom, um dos autores do estudo.
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Fonte: CNN Brasil