O valor médio de uma cesta básica para uma pessoa atingiu R$ 432 em abril

A pesquisa Pacto Contra a Fome aponta que a renda de 70% da população é inadequada para garantir uma alimentação saudável.

17/05/2025 9h07

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(Imagem de reprodução da internet).

Segundo levantamento do Instituto Pacto Contra a Fome, o custo da cesta básica ideal para uma alimentação saudável no Brasil atingiu R$ 432 por pessoa em abril do ano corrente. Esse valor corresponde a 21,4% da renda média per capita dos brasileiros, que foi estimada em R$ 2.020, conforme dados recentes da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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As informações estão na versão de maio do Boletim Mensal de Monitoramento da Inflação dos Alimentos (PDF – 2 MB), elaborado pelo instituto. A publicação também indicou que mais de 70% da população brasileira não possui renda suficiente para atender aos custos de uma alimentação adequada e às demais despesas.

Ademais, a organização destaca que mais de 10% da população reside com uma renda inferior ao valor da cesta, o que corresponde a aproximadamente 21,7 milhões de indivíduos.

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Essa estimativa demonstra que, apesar de ser um direito assegurado, a alimentação adequada permanece inacessível para a maioria da população. Nosso objetivo é evidenciar a distância entre a garantia constitucional e a realidade econômica das famílias, declarou o gerente de Inteligência Estratégica do Pacto Contra a Fome, Ricardo Mota.

A falta de vigilância constante e de políticas públicas eficazes e fundamentadas em dados impede o combate à insegurança alimentar.

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O instituto utilizou, como referência para o cálculo do custo da cesta ideal, a composição da cesta do Nebin (Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição), da USP (Universidade de São Paulo), que contemplava alimentos in natura e minimamente processados, em consonância com o Guia Alimentar para a População Brasileira e a Comissão EAT-Lancet.

Aumento generalizado e persistente dos preços de bens e serviços.

A inflação nos alimentos afeta desproporcionalmente famílias vulneráveis, com um impacto até 2,5 vezes superior em comparação com famílias de alta renda.

A publicação aponta a pressão dos preços do setor alimentício na inflação do mês de abril. O grupo de Alimentação e Bebidas subiu 0,82% no mês, com destaque para a alta expressiva nos preços da batata (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%) — alimentos que lideraram o impacto no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Em igual período, o índice geral atingiu 0,43%, o que evidencia o impacto desmedido da inflação de alimentos sobre o custo de vida das famílias, sobretudo as de baixa renda, conforme apontou o Pacto Contra a Fome.

A análise do instituto aponta que, apesar da queda em produtos como arroz (-4,19%), farinha (-5,96%) e feijão preto (-5,45%), a pressão inflacionária permanece concentrada em itens essenciais e in natura, sujeitos a variações climáticas e sazonais.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Poder 360

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