Observa-se reações internacionais ao plano de Israel de tomar o controle da Faixa de Gaza

Da Alemanha, um dos aliados mais leais do país, até a China, que criticou “ações perigosas”, a medida gerou condenação de vários países.

08/08/2025 14h25

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(Imagem de reprodução da internet).

Da Alemanha, um dos aliados mais leais de Israel, que suspenderá a exportação de armas que possam ser usadas na Faixa de Gaza, até a China, que denunciou “ações perigosas”, o plano israelense para tomar o controle da Cidade de Gaza provocou condenação internacional. São as primeiras reações internacionais ao projeto apresentado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e aprovado na madrugada desta sexta-feira (8) pelo gabinete de segurança israelense. O grupo terrorista Hamas denunciou um “novo crime de guerra” que significará o “sacrifício” dos reféns no território palestino.

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Organização das Nações Unidas

O embaixador das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, instou a seguir “que o plano do governo israelense seja interrompido imediatamente”, em um comunicado. Ele afirmou que o plano “contraria a decisão do Tribunal Internacional de Justiça de que Israel encerre sua ocupação o mais rápido possível, a solução de dois Estados e o direito dos palestinos à autodeterminação”.

Alemanha

A Alemanha alterou sua política em relação a Israel, ao decidir suspender as exportações de armas que poderiam ser utilizadas na Faixa de Gaza. “Cada vez mais difícil de compreender” como o plano militar israelense contribuiria para alcançar os objetivos legítimos, afirmou o chefe do Governo alemão Friedrich Merz ao tornar pública a decisão de Berlim.

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A União Europeia

A chefe do Executivo europeu, Ursula von der Leyen, declarou que o governo israelense deve reverter sua decisão de estender sua operação militar em Gaza. “É necessário um cessar-fogo imediato”, afirmou.

Reino Unido

A decisão do governo israelense de intensificar sua ofensiva em Gaza é um erro, e instamos que reconsiderem sua decisão imediatamente. Esta ação não contribuirá em nada para acabar com o conflito nem para alcançar a libertação dos reféns. Apenas provocará mais massacres.

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Jordânia

O rei Abdullah II da Jordânia manifestou sua “rejeição categórica” ao plano israelense, que “prejudica a solução de dois Estados e os direitos do povo palestino”, em uma ligação com o presidente Mahmud Abbas.

Bélgica

A Bélgica anunciou a convocação da embaixadora de Israel. “O objetivo é claramente demonstrar nosso total desacordo com esta decisão”, explicou o ministro belga de Relações Exteriores, Maxime Prévot.

Espanha

Condenamos com firmeza a decisão do governo israelense de intensificar a ocupação militar em Gaza. Isso apenas provocaria mais destruição e sofrimento. É urgente um cessar-fogo permanente, a entrada em larga escala e imediata de ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns, declarou o ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel Albares.

A China.

A China manifestou “preocupações sérias” em relação ao plano de Israel e solicitou um “cessar imediato das ações perigosas”. “Gaza pertence ao povo palestino e é uma parte inseparável do território palestino”, respondeu o Ministério das Relações Exteriores da China.

Arábia Saudita

A Arábia Saudita condena categoricamente a persistência dos crimes de fome, as práticas brutais e a limpeza étnica contra o povo irmão palestino.

Turquia

O chanceler turco solicitou à comunidade internacional que assumisse suas responsabilidades para impedir a implementação do plano israelense, que visa deslocar os palestinos de seu próprio território, tornando Gaza inabitável.

Suíça

A escalada dos confrontos corre o risco de agravar ainda mais a catastrófica situação humanitária, declarou o Ministério das Relações Exteriores suíço.

Egito

O Ministério das Relações Egípcio condenou “em termos enérgicos” o plano israelense.

Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.

Fonte por: Jovem Pan

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