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Oito anos depois da ruptura da Barragem da Samarco em Mariana, os acusados são questionados


Oito anos depois da ruptura da Barragem da Samarco em Mariana, os acusados são questionados
(Foto Reprodução da Internet)

O rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, que causou a morte de 19 pessoas em Mariana, fez oito anos no domingo (5).

Um dia após, a Justiça interroga parte dos acusados no processo criminal instaurado a partir de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra 22 pessoas físicas e 4 pessoas jurídicas.

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O primeiro réu a ser ouvido em juízo nesta segunda-feira (6) será Germano da Silva Lopes, gerente operacional da Samarco à época do desastre.

O então presidente da mineradora, Ricardo Vescovi de Aragão, prestará depoimento em 8 de novembro e no dia seguinte será a vez das empresas Vale e BHP Billiton. A Samarco será ouvida no dia 13 de novembro. As três mineradoras respondem por diversos crimes ambientais.

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Na denúncia proposta em outubro de 2016, o MPF acusou 21 pessoas físicas do crime de homicídio qualificado com dolo eventual pela morte de 19 pessoas que foram soterradas e carregadas pela lama que desceu da barragem da Samarco, empresa controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton.

Depois disso, duas decisões judiciais, uma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e outra do Juízo Federal em Ponte Nova, em Minas Gerais, encerraram o processo criminal relacionado a esse crime. Como resultado, ninguém está mais sendo acusado pelo crime de homicídio.

A demora na tramitação do processo ? que ficou parado por cerca de três anos durante os anos da pandemia da Covid-19 ? também já causou a prescrição de dois crimes ambientais: destruição de plantas de logradouros públicos e propriedades privadas alheias e destruição de florestas ou vegetação fixadora de dunas e protetoras de mangues, respectivamente, artigos 49 e 50 da Lei 9.605/98.

As últimas testemunhas da defesa foram ouvidas em setembro de 2023. Nesta segunda-feira (06) inicia-se o interrogatório de mais sete pessoas físicas e 4 jurídicas. A previsão de encerramento é no dia 13 de novembro.

O acidente de Mariana aconteceu em 5 de novembro de 2015, causando a morte de 19 pessoas e sendo considerado o pior desastre ambiental já ocorrido no Brasil.


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