Oito testemunhas são ouvidas em júri em caso de morte de palmeirense
A acusação e a defesa prestaram depoimentos; o julgamento foi interrompido antes da declaração do réu.
O primeiro dia do julgamento de Jonathan Messias Santos da Silva, de 33 anos, réu pela morte da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, foi marcado pelos depoimentos de oito testemunhas na segunda-feira (19). Gabriela, que tinha 23 anos, faleceu após ser atingida no pescoço por uma garrafa de vidro durante uma briga entre torcedores de Palmeiras e Flamengo próximo ao Allianz Parque, em São Paulo, no dia 8 de julho de 2023.
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Foram inicialmente chamadas 10 testemunhas, sendo que duas foram excluídas (uma acusadora e outra defensora). Dentre elas, está Yuri Batista da Silva, torcedor que se encontrava ao lado de Gabriela no instante em que ela foi ferida.
A primeira parte da sessão compreendeu os depoimentos de quatro testemunhas da acusação. O primeiro depoimento foi o do perito Leandro Lopes dos Santos.
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A acusação apresentou a inocência do réu e que não se podia comprovar a materialidade do crime com base no laudo pericial. O perito demonstrou, através da sincronização de vídeos filmados pelas duas torcidas, como era possível determinar a probabilidade de que Jonathan seja o responsável.
À tarde e no início da noite, após uma interrupção, foram ouvidas as quatro testemunhas de defesa.
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O delegado Daniel José Orsomarzo investigou o caso e prendeu Leonardo Felipe Xavier Santiago após o depoimento de Yuri. Posteriormente, Leonardo foi liberado por falta de provas de que ele tenha lançado a garrafa que causou a morte da jovem.
Em seguida, Marcio Alves, segurança, fechou o portão que dividia as torcidas e foi quando a garrafa atingiu Gabriela anteriormente. Ele alega que o projétil surgiu do lado dos torcedores do Flamengo, porém, não é possível identificar o responsável pelo disparo.
Patrício Eduardo Lamos Serpa, perito contratado pela família do réu, comentou sobre dois vídeos que estão anexados ao processo e foram analisados por ele para emitir um laudo técnico.
A previsão de que o réu fosse ouvido nesta segunda-feira foi suspensa pela juíza Isadora Moro devido ao horário.
Acreditava-se que todos estavam bastante exaustos, tanto os jurados quanto os familiares, seria necessário concluir por ali.
A sessão do Tribunal do Júri será retomada na terça-feira (20), às 8h30, com o depoimento do réu. Em seguida, ocorrerá o debate entre a acusação e a defesa.
Fonte: CNN Brasil