O ano de 2025 projeta-se como o segundo ou terceiro mais quente da história, conforme o Relatório sobre o Estado do Clima 2025 divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O documento, apresentado durante a Cúpula de Líderes em Belém (PA), ressalta a progressiva intensificação da crise climática global.
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As análises indicam que, entre janeiro e agosto deste ano, a temperatura média mundial apresentou um aumento de aproximadamente 1,42°C em relação aos níveis registrados antes da era industrial.
Concentrações Recordes de Gases de Efeito Estufa
O relatório da OMM destaca que as concentrações de gases de efeito estufa, responsáveis por reter calor na atmosfera, atingiram o nível mais elevado observado nos últimos 800 mil anos. Adicionalmente, o aumento nas emissões de dióxido de carbono entre 2023 e 2024 representou o crescimento mais significativo já registrado.
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Impactos nos Oceanos e Eventos Extremos
A representante da OMM, Celeste Saulo, informou que o conteúdo de calor nos oceanos atingiu níveis históricos, causando danos significativos aos ecossistemas marinhos e contribuindo para o aumento do nível do mar. A situação é agravada pelos baixos níveis de gelo marinho na Antártida e no Ártico.
A frequência e intensidade de eventos extremos, como ondas de calor, incêndios florestais e ciclones tropicais, também têm aumentado.
Avanços em Sistemas de Alerta e Soluções Climáticas
Apesar do cenário preocupante, a OMM também apontou avanços. O número de países com sistemas de alerta precoce para múltiplos riscos climáticos mais do que dobrou desde 2015, auxiliando na prevenção de perdas de vidas em regiões vulneráveis.
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Além disso, cerca de dois terços dos serviços meteorológicos nacionais já fornecem informações climáticas direcionadas à agricultura e à saúde. A ciência continua a orientar o desenvolvimento de soluções, incluindo o avanço da energia renovável e a aplicação da “inteligência climática” para aumentar a resiliência dos sistemas energéticos.
Conclusão: A Importância da Ação
A representante da OMM enfatizou que a COP30 deve ser lembrada como o momento em que o mundo iniciou uma mudança de direção, com a Amazônia como um importante testemunho e a ciência como guia para as soluções. A ação imediata e coordenada são cruciais para mitigar os impactos da crise climática e garantir um futuro sustentável.