OpenAI quer colocar o ChatGPT em salas de aula

A OpenAI quer melhorar a reputação do ChatGPT entre os educadores. Isso acontece porque os alunos estão usando essa inteligência artificial para fazer exercícios e tarefas escolares. Para mudar isso, a empresa está pensando em maneiras de usar o chatbot nas salas de aula. Essas informações foram dadas pela Reuters na quinta-feira (16).

Durante a conferência INSEAD Americas, em San Francisco, nos Estados Unidos, na semana passada, foi discutido o assunto. Brad Lightcap, diretor de operações da startup, falou sobre a criação de uma equipe para desenvolver aplicativos de educação para a IA, que se tornaram populares em 2022.

Segundo o executivo, os professores não gostaram da tecnologia, inicialmente, já que o mau uso começou logo após a estreia, com diversos relatos de utilização do recurso para trapacear nas atividades escolares surgindo a cada semana. Em janeiro, a cidade de Nova York (EUA) chegou a proibir o ChatGPT nas escolas.

Mas, diante das inúmeras possibilidades oferecidas pelo bot, os professores mudaram de ideia e passaram a pensar em maneiras de permitir o uso da IA generativa na escola. Lightcap afirmou que a OpenAI está em contato com muitos deles e que soluções para o problema devem começar a surgir a partir de 2024.

ChatGPT auxiliando estudantes e professores

Andrew Mayne, ex-funcionário da startup, afirmou em entrevista que o ChatGPT é uma ferramenta útil para estudantes e professores. De acordo com ele, essa tecnologia pode adaptar o conteúdo de diferentes formas de aprendizagem e até mesmo atuar como um tutor para os alunos.

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No caso dos professores, o chatbot pode ser usado como um auxiliar criativo em sala de aula. Por exemplo, durante uma aula sobre o período medieval, o chatbot pode criar introduções em inglês antigo. O uso da tecnologia também faz com que os alunos se sintam mais confortáveis e menos receosos em fazer perguntas.

Por outro lado, usar o ChatGPT na sala de aula pode ser problemático em alguns países, por conta de leis de privacidade online aplicadas aos menores de idade. A empresa provavelmente terá que lidar com órgãos reguladores para lançar o serviço.

A OpenAI já está trabalhando com grupos educacionais, como a Khan Academy, para desenvolver um tutor alimentado por IA.