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Operação contra fraude no sistema SUS no interior do MA é realizada pela PF


Operação contra fraude no sistema SUS no interior do MA é realizada pela PF
(Foto Reprodução da Internet)

O Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo investigado pela Polícia Federal devido à inserção de dados falsos nos seus sistemas informatizados, especificamente das prefeituras de Urbano Santos e Vargem Grande, localizadas no Maranhão.

Nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o auxílio da Controladoria-Geral da União. “Pane no sistema” foi como a operação foi nomeada.

A PF indica que Urbano Santos, um município com população de 33.459 residentes, registrou um total de 81,012 procedimentos de reabilitação pós-Covid. Dessa forma, obteve R$ 1.757.150,28 em recursos oriundos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação, uma divisão do Ministério da Saúde (FAEC).

Entre janeiro e maio de 2022, o repasse foi feito, detalha a PF. Que, o município todo conta com apenas três fisioterapeutas gerais cadastrados é outra informação apontada. Ainda assim, esses profissionais teriam conseguido atender 16 mil pessoas mensalmente, ou seja, 533 pessoas por dia.

Acredita-se que para obter esses números, tenha sido usada uma lista contendo diversos pacientes registrados simultaneamente em outros quatro municípios.

Chama atenção o valor destinado ao município de Urbano Santos porque foi superior, por exemplo, aos recursos que diversos estados do país receberam, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

O Maranhão foi o estado que mais obteve recursos do Ministério da Saúde para tratamentos de reabilitação pós-Covid, de acordo com a PF. Entre janeiro e maio de 2022, a quantia recebida foi de R$ 19.753.712,01.

O início da investigação ocorreu após o envio de informações obtidas em uma auditoria do Ministério da Saúde, que detectou distorções na produção ambulatorial de procedimentos ligados à reabilitação do Pós-Covid-19 financiados pelo FAEC.

São investigadas, ao total, quatro pessoas. Os investigados incluem gestores, ordenadores de despesa e auxiliares. O grupo pode ser indiciado por crimes como inserção de dados falsos em sistema de informações, associação criminosa e peculato. As penas podem, somadas, chegar a 27 anos de prisão.

O retorno está sendo aguardado pela CNN que procurou as prefeituras de Urbano Santos e Vargem Grande.


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