Operação de entrega de assistência por via aérea em Gaza é ‘ineficaz’ para combater a fome, aponta diretor de agência da ONU

É dispendioso, inútil e pode até causar a morte de civis necessitados, escreveu no X o diretor da agência, Philippe Lazzarini.

26/07/2025 15h23

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(Imagem de reprodução da internet).

O diretor-geral da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) declarou, no sábado (26), que a retomada do lançamento aéreo de ajuda humanitária em Gaza é algo “ineficaz” diante da catástrofe humanitária que impacta o território palestino.

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O lançamento aéreo não extinguirá a fome crescente. É dispendioso, ineficaz e pode até causar a morte de civis famintos, escreveu no X o diretor da agência, Philippe Lazzarini. Na sexta-feira, um funcionário israelense anunciou a retomada breve dos lançamentos de ajuda humanitária por via aérea na Faixa de Gaza, e especificou que os Emirados Árabes Unidos e a Jordânia os coordenarão.

A situação humanitária em Gaza se agravou, e organizações internacionais alertaram para um cenário de desnutrição infantil. “Uma fome causada pelo homem só pode ser resolvida pela vontade política”, estimou Lazzarini. Sem questionar Israel, pediu que a ONU intervenha “em grande escala e sem obstáculos” em Gaza.

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Israel está sofrendo uma pressão internacional cada vez maior em razão da grave situação humanitária no território ocupado. Em meados de maio, houve um relaxamento parcial de um bloqueio total instaurado desde o início de março, que provocou uma severa falta de alimentos, medicamentos e produtos essenciais.

O Exército israelense declarou, em nota divulgada na sexta-feira, que “Israel não restringe o número de passagens que entram na Faixa de Gaza” e que as “organizações humanitárias internacionais e agências da ONU não suspendem a entrega de assistência quando esta entra no território”.

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Muitas organizações humanitárias em Gaza afirmam há meses que enfrentam pressões e restrições que impedem de responder à crise humanitária. O Cogat, organismo do Ministério da Defesa de Israel encarregado dos assuntos civis nos territórios palestinos, disse no sábado que 600 caminhões estão aguardando para serem descarregados pelas organizações internacionais.

Fonte por: Jovem Pan

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