Operador Nacional de Combustíveis propõe fiscalização mais rigorosa no Congresso

Controle rigoroso sobre dados de produção e importação pode diminuir significativamente o risco de fraudes e sonegação fiscal.

20/10/2025 20:54

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Operador Nacional de Combustíveis propõe fiscalização mais rigorosa no Congresso
(Imagem de reprodução da internet).

Avanços na Criação do Operador Nacional do Sistema de Combustíveis

Em resposta às operações recentes contra o crime organizado, que resultaram em apreensões de combustíveis irregulares, a Câmara dos Deputados está avançando na tramitação de um projeto que visa a criação do Operador Nacional do Sistema de Combustíveis (ONSC).

Esse novo mecanismo terá a responsabilidade de monitorar, em tempo real, todas as etapas do ciclo de combustíveis no Brasil, incluindo refino, transporte, importação, distribuição e revenda. Os defensores da proposta sugerem que o modelo se baseie no Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Proposta de Monitoramento em Tempo Real

O deputado federal Julio Lopes (PP-RJ), autor da proposta e relator do grupo de trabalho que discutiu o tema na Câmara, destacou que o Brasil já possui um sistema integrado de energia reconhecido mundialmente. Ele enfatizou que, com o ONSC, será possível monitorar o transporte de combustíveis por meio de georreferenciamento.

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O projeto também propõe a criação de um sistema eletrônico específico, a ser desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), que reunirá informações sobre a produção, importação, exportação, transporte e comercialização de combustíveis.

Possíveis Benefícios e Desafios

Além de coletar dados, o ONSC poderá contribuir para a arrecadação de recursos destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública. A diretoria do órgão será composta por cinco membros, indicados pelo Executivo e por representantes da cadeia de combustíveis.

A advogada Maysa Abrahão Tavares Verzola, do escritório Gasparini, Barbosa e Freire Advogados, alerta que a criação do ONSC requer diagnósticos técnicos mais detalhados, pois pode haver sobreposição com as funções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que já regula o setor.

Considerações sobre Custos e Eficiência

Segundo Maysa, o Brasil não necessita de mais uma instituição para fiscalizar o setor de combustíveis, mas sim de uma regulação mais eficiente e menos burocrática. A advogada Bianca Bez, do BBL Advogados, complementa que os custos de implementação e operação do ONSC podem ser elevados, o que pode impactar o setor privado e, consequentemente, o consumidor.

Bianca acredita que, se bem estruturado, o ONSC pode trazer benefícios à sociedade, especialmente ao melhorar a coordenação nos fluxos logísticos de combustíveis e minimizar desabastecimentos que afetam os preços. Ela ressalta que intervenções descentralizadas em mercados fragmentados podem gerar falhas de coordenação, e um operador nacional pode ajudar a resolver essas questões.

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