Oposição rebate aumento de assentos na Câmara: “Mais gastos públicos, sem solução para o país”
Deputados do PL e União Brasil manifestam indignação em relação à criação de 18 novas vagas; a medida entrará em vigor a partir de 2027 e é considerada …

A oposição manifestou fortes críticas à aprovação do projeto que eleva de 513 para 531 o número de assentos na Câmara dos Deputados a partir da próxima legislatura. Para integrantes de partidos como PL e União Brasil, a medida aprovada nesta semana representa um avanço da administração pública em um cenário de crise fiscal e uma falta de respeito ao contribuinte.
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O líder da oposição, deputado Sanderson (PL-RS), classificou a medida como um “escárnio” diante das inúmeras necessidades da população. “Em um país cheio de carências, aumentar o número de parlamentares é zombar da população. Isso representa desprezo pelo dinheiro público e total desconexão com a realidade do Brasil e o anseio do cidadão”, afirmou.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), também vice-líder oposicionista, ressaltou que o projeto acarreta impacto fiscal sem apresentar contrapartida efetiva para os brasileiros. “Votei contra porque essa medida não resolve nenhum problema do Brasil — apenas aumenta os gastos”, criticou.
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O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) foi ainda mais direto ao afirmar que o incremento de parlamentares contrasta com o bom senso e prejudica o orçamento público. “Enquanto o brasileiro se esforça para sobreviver, o Congresso almeja aumentar o número de deputados. Mais políticos, mais gastos. É um tapa na cara do povo! Um aumento considerável do custo da máquina pública – e quem paga é o cidadão comum”, declarou.
Apesar das controvérsias, o projeto recebeu aprovação favorável tanto na Câmara quanto no Senado. A proposta surgiu da necessidade de ajustar a representação proporcional dos Estados após o Censo de 2022, que evidenciou aumento populacional em certas regiões. O texto final contempla a criação de 18 novas cadeiras sem diminuir o número de Estados que registraram perda de população. O impacto financeiro anual estimado, no início, era de R$ 64,6 milhões.
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Contudo, o relator no Senado incorporou uma emenda para vedar o aumento de despesas – cláusula que ainda será avaliada na execução orçamentária. O projeto agora espera sanção presidencial e entrará em vigor nas eleições de 2026, com aplicação prática a partir de 2027. Paralelamente, a oposição mantém o compromisso de persistir na defesa de maior responsabilidade fiscal e menor expansão da máquina pública.
Fonte por: Jovem Pan