Oposição se organiza em razão de CPI e anistia com figuras como Hugo e Alcolumbre em viagem
A investigação para apurar fraudes no INSS e os dois temas em questão desafiam os interesses do governo.

Com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em agenda na China e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nos Estados Unidos, a oposição tem se articulado em torno de temas que contrariam os interesses do governo. O primeiro deles refere-se à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Os manifestantes deverão registrar o pedido de abertura da investigação nesta semana. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que participa da arrecadação de assinaturas, espera protocolar o pedido na segunda-feira (12).
O grupo procura se opor à ofensiva da base governista, que tenta persuadir parlamentares sobre a revogação de apoios ao pedido.
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Até sexta-feira (9), o requerimento em favor da CPMI já havia recebido o apoio de 34 senadores e 218 deputados. Para a apresentação oficial, são necessárias as assinaturas de ao menos 27 senadores e 171 deputados – o número mínimo foi alcançado em 2 de maio.
Os líderes consultados pela CNN relataram que o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre, ainda não se manifestou sobre o assunto. Resta a ele dar o parecer para a instauração da comissão parlamentar de inquérito em sessão conjunta de deputados e senadores. A próxima sessão do Congresso está agendada para o dia 27 de maio.
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Anistia
Outro ponto discutido pela oposição é o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos crimes cometidos em 8 de janeiro de 2023. Na Câmara, o grupo reiterou o pedido por um “compromisso” do presidente da Casa.
O requerimento de urgência foi protocolado pelo Partido Liberal em 14 de abril, com o apoio de 264 deputados. Em 24 do mesmo mês, Hugo Motta resolveu, em conjunto com líderes, postergar a análise do documento. A decisão causou transtorno na oposição, que busca definir os próximos passos.
Ademais, o grupo observou um “agrado” de Hugo na condução da análise do pedido de suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ). O parlamentar é réu no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um plano de golpe de Estado.
Fonte: CNN Brasil