Organização Mundial da Saúde enfrenta semana decisiva em relação a cortes de financiamento
A falta de pagamento das contribuições estabelecidas pela Organização, devido à decisão dos Estados Unidos, gerou incertezas financeiras.

A direção da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou nesta segunda-feira, 19, uma reunião anual em meio à incerteza orçamentária causada pela decisão dos Estados Unidos de não arcar com as contribuições acordadas como membro.
A questão, que exige a diminuição significativa de pessoal e das atividades da agência da ONU, é o tema central da Assembleia Mundial da Saúde, diante de um rombo de US$ 1,7 bilhão (R$ 9,6 bilhões, à cotação atual) nos orçamentos da OMS para os períodos de 2026 a 2027.
Estados Unidos e Argentina não participaram da reunião, que se estende até 27 de maio.
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O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, começou a reunião com um apelo para que os países apoiem um acordo sobre pandemias, visando prevenir a reincidência da crise causada pela Covid-19.
O texto do acordo, que visa aprimorar a vigilância de pandemias e o acesso a vacinas, foi finalizado no mês passado, após mais de três anos de negociações.
Os Estados Unidos encerraram suas participações nas discussões após a decisão do presidente Donald Trump de remover seu país da Organização Mundial da Saúde, um processo que demanda um ano para ser finalizado.
A expectativa é que o acordo seja aprovado na Assembleia na terça-feira, “um momento historicamente significativo”, afirmou Tedros.
A presidente da comissão informou que o documento foi aprovado na segunda-feira, antes da votação de terça-feira.
A ministra da Saúde da Namíbia, Esperance Luvindao, declarou que o projeto de resolução A 78/10 adendo 1 foi aprovado por 124 votos contra 0, com 11 abstenções, após votação com mãos levantadas solicitada pela Eslováquia.
A aprovação na comissão sugere que a votação na Assembleia na terça-feira será um ato formal.
Entre os países que se abstiveram nesta segunda-feira estão Irã, Israel, Rússia, Itália, Eslováquia e Polônia.
Contudo, os delegados estão mais preocupados com os problemas de financiamento e os cortes na ajuda internacional de Washington.
O governo Trump não cumpre as metas estabelecidas para 2024 e 2025, e suspendeu a maior parte da assistência externa dos Estados Unidos, abrangendo também iniciativas de saúde em nível global.
A decisão determina que a agência sediada em Genebra realize adequações, por meio de uma possível redução de 25% nos gastos com salários e contratações em locais com menor custo.
A assembleia deverá decidir, durante a semana, se eleva em 20% as taxas de filiação à OMS. Em 2022, foi estabelecido um aumento gradual, correspondente a 50% de um orçamento que atualmente depende principalmente de doações voluntárias dos países.
A Organização Mundial da Saúde já reduziu seu orçamento para 2026-2027 de US$ 5,3 bilhões (quase R$ 30 bilhões) para US$ 4,2 bilhões (R$ 23,7 bilhões), mas Tedros ainda alertou que a agência precisava arrecadar US$ 1,7 bilhão (R$ 9,6 bilhões).
Fonte: Carta Capital
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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