Organização não governamental relata que agentes humanitários prestaram assistência a palestinos em fuga de Gaza

Equipes de assistência médica atenderam aproximadamente 120 pacientes que ficaram feridos ao procurar auxílio.

23/07/2025 9h59

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

Equipes humanitárias prestaram assistência médica a pacientes durante a evacuação de moradores de Deir al-Balah, no centro de Gaza, onde o exército israelense ordenou a saída de uma área de quase 6 quilômetros quadrados no domingo (20), conforme relatam organizações locais.

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Fomos obrigados a deixar uma de nossas intervenções humanitárias mais relevantes, nossa policlínica, que atende centenas de pacientes diariamente com cuidados primários de saúde, reabilitação e apoio à saúde mental. Tivemos apenas algumas horas para sair, enquanto dezenas de pessoas ainda estavam chegando, afirmou Mai Elawawda, assessora de comunicação da MAP (Assistência Médica para Palestinos), à CNN na terça-feira (22).

Os funcionários da MAP “simplesmente não conseguiram recusá-los”, afirmou Elawawda. “Nós os ajudamos enquanto fazíamos as malas.”

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A clínica da MAP recebeu pacientes que não comiam há dias, incluindo crianças e gestantes, nos dias que antecederam a retirada forçada, acrescentou.

Pacientes baleados que procuravam auxílio também foram atendidos na clínica, informou Elawawda, destacando que a equipe da instituição cuidou de aproximadamente 120 pacientes feridos necessitando de assistência com a mobilização após terem sido atingidos ao tentar receber ajuda humanitária.

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Compreenda o conflito na Faixa de Gaza

Desde outubro de 2023, Israel tem conduzido ataques intensos na Faixa de Gaza, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra o país.

Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Gaza comunicou que pelo menos 58 mil palestinos perderam a vida e mais de 138 mil sofreram ferimentos. Deste ponto em diante, mais de 7.200 pessoas faleceram com o término do cessar-fogo em 18 de março deste ano.

O Ministério não diferencia entre civis e combatentes do Hamas em sua contagem, porém relata que mais de metade dos falecidos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes.

Desde o final de maio, quando a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), sediada nos EUA, iniciou a distribuição de alimentos, a ONU (Organização das Nações Unidas) comunicou que 798 pessoas perderam a vida após tentar obter alimentos.

De 615 mortes, 615 ocorreram próximos a instalações da GHF e 183 nas vias de rotas de comboios humanitários, sobretudo da ONU.

O Órgão Central de Estatísticas da Palestina informou, em 10 de julho, que a população de Gaza havia diminuído de 2.226.544 em 2023 para 2.129.724. A estimativa indica que aproximadamente 100 mil palestinos deixaram Gaza desde o início do conflito.

Entre 7 de outubro de 2023 e 13 de julho de 2025, de acordo com fontes oficiais israelenses, cerca de 1.650 israelenses e estrangeiros perderam a vida em razão do conflito.

Inclui 1.200 mortos em 7 de outubro e 446 soldados mortos em Gaza ou na fronteira com Israel desde o início da operação terrestre em outubro de 2023. Desses, 37 soldados foram mortos e 197 feridos desde o aumento dos confrontos em março. Estima-se que 50 israelenses e estrangeiros permaneçam reféns em Gaza, incluindo 28 reféns que foram declarados mortos e cujos corpos estão sendo mantidos.

Desde 18 de março deste ano, o Exército de Defesa Israelense divulgou 54 ordens de evacuação, que cobrem aproximadamente 81% da área da Faixa de Gaza.

O Programa Mundial de Alimentos da ONU declarou que isso resultou no deslocamento de mais de 700 mil indivíduos nesse período.

Em 9 de julho, 86% da Faixa de Gaza encontravam-se em áreas militarizadas israelenses ou sob ordens de deslocamento. Diversas pessoas procuravam abrigo em locais de deslocamento superlotados, abrigos improvisados, edifícios e vias danificadas.

Fonte por: CNN Brasil

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