Os EUA desejam obter acesso a minerais críticos localizados no Brasil, conforme declaração do encarregado de negócios da embaixada americana
O Brasil detém aproximadamente 10% das reservas globais de minerais críticos, com destaque para a maior reserva mundial de nióbio.

O embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, se reuniu na quarta-feira, 23, com integrantes do setor de mineração. Escobar ressaltou que os EUA demonstram interesse em parcerias com a indústria mineral brasileira, notadamente em relação aos minerais críticos e estratégicos.
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A reunião, convocada pelo representante americano, ocorreu com o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, e o vice-presidente, Fernando Azevedo, na sede do instituto, em Brasília.
A diretoria do Ibram declarou que a proposta apresentada será enviada ao setor competente para análise e tomada de decisões. Adicionalmente, os representantes manifestaram que a questão da exploração de minérios depende de decisão do governo, visto que a Constituição brasileira define os recursos minerais como propriedade da União.
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O Brasil detém aproximadamente 10% das reservas mundiais de minerais críticos, com a maior reserva de nióbio, a segunda maior de grafite e a terceira maior de terras raras e níquel, além de recursos de lítio, cobre e cobalto.
A reunião com o embaixador dos EUA ocorre em cenário de aumento das tensões entre os dois países, devido à decisão do presidente Donald Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Apesar dos esforços diplomáticos do Brasil, as chances de um acordo ser alcançado antes da entrada em vigor das taxas, em 1º de agosto, são consideradas baixas.
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Fonte por: Carta Capital