Ciência e Espaço

Os itens mais perigosos que giram ao redor do Planeta Terra


Os itens mais perigosos que giram ao redor do Planeta Terra
(Foto Reprodução da Internet)

O espaço ao redor da Terra tem sido cada vez mais utilizado nos últimos anos, principalmente com o envio de vários satélites. Elon Musk, um bilionário, tem um projeto chamado Starlink, em que está criando uma frota de satélites.

Infelizmente, essa situação trouxe problemas inesperados para os humanos. Um exemplo é que existem milhões de pedaços de lixo espacial orbitando o planeta, o que pode causar colisões perigosas.

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Quando um satélite entra na órbita, pode acabar se transformando em lixo espacial, seja por não ser mais utilizado ou por ser destruído intencionalmente. Países como Estados Unidos, Rússia, China e Índia já derrubaram seus próprios satélites, contribuindo para o aumento dos detritos no espaço.

O lixo espacial ao redor da Terra é um grande problema para nós, porque pode causar problemas em redes de comunicação, GPS e outras tecnologias.

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O problema é que esses pequenos pedaços de lixo estão se movendo a uma velocidade de aproximadamente 25,2 mil quilômetros por hora na órbita baixa da Terra. Isso significa que se eles colidissem com outro satélite ou nave espacial, poderiam causar danos irreparáveis. Com o aumento da constelação Starlink e o envio contínuo de satélites, mais detritos devem se acumular ao redor da Terra nos próximos anos.

Tipos de lixos espaciais

Segundo a ESA, mais de 35 mil objetos espaciais foram rastreados até dezembro de 2023. Esses objetos são fragmentos de satélites e equipamentos espaciais que já causaram mais de 640 colisões, explosões e eventos similares.

“A principal causa das explosões em órbita está relacionada ao combustível residual que permanece em tanques ou linhas de combustível, ou outras fontes de energia remanescentes, que permanecem a bordo depois que um estágio de foguete ou satélite é descartado na órbita da Terra… A explosão resultante pode destruir o objeto e espalhar sua massa por numerosos fragmentos com um amplo espectro de massas e velocidades transmitidas”, a ESA descreve em comunicado oficial.

Existem grupos de satélites no espaço conhecidos como constelações satelitas.

Alguns especialistas dizem que o aumento de satélites que estão sendo enviados ao espaço pode causar problemas no futuro. Quando esses satélites não forem mais utilizados pelas empresas que os enviaram, isso pode se tornar um risco.

Por enquanto, as constelações ainda não são um grande problema, até porque esses satélites possuem um sistema autônomo que prevê possíveis colisões e faz manobras para evitar qualquer acidente.

O risco residual pode ser um problema. À medida que aumentam as manobras espaciais, mesmo com todos os esforços, ainda existe a possibilidade de uma colisão ocorrer. Quanto mais eventos de baixa probabilidade acontecem, maior é a probabilidade global de ocorrer uma colisão. Essa foi a mensagem do especialista britânico em detritos espaciais, Hugh Lewis, professor de astronáutica na Universidade de Southampton, ao site Space.

Os chineses criaram um sistema que é usado para derrubar satélites.

A China possui um dispositivo anti-satélite que ilustrou os riscos causados pelos detritos no espaço. Em 2007, um teste de míssil atingiu o satélite Fengyún, fragmentando-o e espalhando inúmeros pedaços em todas as direções. Esses detritos passaram a poluir a área espacial próxima ao nosso planeta, com cerca de 2,8 mil fragmentos viajando descontroladamente ao redor da Terra e representando uma ameaça de destruição.

“Os restos deste único evento provavelmente causaram cerca de 15% das aproximações com outros objetos que ocorreram no ano passado. A cada 15 minutos, enviamos mensagens sobre aproximações envolvendo fragmentos dessa colisão”, explicou Darren McKnight, pesquisador sênior da empresa de monitoramento de detritos espaciais LeoLabs, em uma entrevista ao Space.

Vamos falar sobre satélites e lixo espacial.

Os satélites são objetos que orbitam ao redor da Terra, utilizados para diversos propósitos, como comunicação, monitoramento do clima e mapeamento. Esses objetos mais antigos muitas vezes não estão mais ativo e se tornam lixo in

Muitas vezes, satélites antigos e partes de foguetes espaciais são os maiores problemas dos detritos espaciais, pois são os itens mais enviados ao espaço. Isso inclui os estágios de foguetes enviados durante a Guerra Fria, que não conseguem se distanciar dos dispositivos espaciais em uso hoje em dia.

Por exemplo, o estágio SL-16 do foguete russo Zenit tem 11 metros de comprimento e pesa cerca de 9 toneladas. De acordo com McKnight, ele é como um ônibus escolar sem motorista e sem freios que está viajando na órbita da Terra. Portanto, não seria surpreendente se houvesse uma grande colisão.

Os satélites antigos, como o Envisat, utilizado para observar a Terra, também pode ser um grande contratempo devido ao seu peso de 8 toneladas métricas. Ele deixou de ser utilizado em 2012 e viaja ao redor da Terra a 800 quilômetros de distância da superfície terrestre. A geração de satélites Landsat da NASA também é uma preocupação, pois apenas dois dos nove enviados continuam em funcionamento; eles pesam entre uma e três toneladas e orbitam e uma altitude entre 700 quilômetros e 900 quilômetros.


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