Ouro Atinge Novo Recorde Histórico, Superando os US$ 4 Mil por Onça
O mercado de ouro testemunhou um movimento significativo nos últimos meses, com o metal precioso se destacando como um ativo de referência em meio à incerteza econômica global. Na madrugada de quarta-feira, 8, o ouro alcançou um marco histórico, atingindo pela primeira vez na história o valor de US$ 4 mil por onça.
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Analistas apontam que o desempenho robusto do ouro foi impulsionado pela busca global por ativos de proteção, especialmente diante da instabilidade econômica, da paralisação do governo dos Estados Unidos, da inflação elevada e das tensões geopolíticas. O desempenho do ouro se compara favoravelmente a outros períodos de forte valorização, como a década de 1970.
Paralelamente, o dólar americano acumulou uma queda de 7,5% no ano até outubro, conforme dados do Bloomberg Dollar Spot Index. Esse cenário de desvalorização do dólar contribui para o interesse em ativos como o ouro.
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Estratégos e Gurus do Mercado Enfatizam a Segurança do Ouro
Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates e figura proeminente no mercado financeiro, classificou o ouro como um investimento mais seguro do que o dólar americano. Em uma entrevista no Greenwich Economic Forum, em Connecticut, Dalio recomendou uma alocação de aproximadamente 15% em ouro para diversificar a carteira de investimentos.
Ken Griffin, bilionário e gestor da Citadel, também atribuiu o avanço do ouro à crescente desconfiança em relação à moeda norte-americana. A situação se repete em relação a eventos históricos, como a quebra do lastro em ouro e pressões políticas sobre o Fed.
Compras Institucionais Impulsionam o Rali do Ouro
Analistas destacam que o movimento de alta do ouro é sustentado por compras consistentes de bancos centrais, que se tornaram compradores líquidos após a crise financeira de 2008. A aquisição se intensificou após o congelamento das reservas russas em 2022, levando diversos países a reavaliar sua exposição ao dólar.
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Em setembro, os fundos de índice (ETFs) lastreados em ouro registraram o maior volume de entradas em mais de três anos. “A quebra da barreira dos US$ 4.000 não se trata apenas de medo, mas de realocação de capital”, afirmou Charu Chanana, estrategista da Saxo Capital Markets, em entrevista à Bloomberg.
Projeções Elevadas para o Ouro
Com o ouro consolidando um novo patamar, bancos como Goldman Sachs e UBS elevaram suas projeções. A Goldman Sachs espera que o metal atinja US$ 4.900 até dezembro de 2026. Além do ouro, outros metais preciosos também registram valorização, refletindo o apetite do mercado por ativos tangíveis.