Ouro sobe acima de 1%, acompanhado de queda nos Estados Unidos
A fragilidade dos indicadores econômicos chineses impactou o interesse por investimentos com maior risco nos mercados financeiros internacionais.

Os preços do ouro registraram alta superior a 1% na segunda-feira (19), devido à desvalorização do dólar e à procura por ativos de proteção, após a Moody’s reduzir a avaliação de crédito do governo dos Estados Unidos.
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Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro com vencimento em junho subiu 1,45%, fechando com preço de US$ 3.233,5 por onça-troy.
Conforme Fawad Razaqzada, analista da City Index, o principal elemento impulsionando o ouro atualmente é a reclassificação do endividamento americano pela Moody’s. Outro fator de suporte é a incerteza em relação ao comércio internacional.
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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou no domingo (18) que as tarifas da denominada “Liberation Day” podem ser reinstauradas para países que não negociem de “boa-fé”.
Além disso, fraquíssimos indicadores econômicos da China também impactaram o interesse por risco nos mercados financeiros internacionais.
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Na semana passada, o ouro perdeu valor após o anúncio de uma trégua tarifária entre Estados Unidos e China. Contudo, “a incerteza comercial e política permanece extremamente alta, e o tempo está se esgotando, com apenas 90 dias de alívio tarifário, que expiram no início de agosto”, afirma Benjamin Hoff, chefe de pesquisa de commodities da Société Générale.
Atualmente, a China afirmou que a posição dos Estados Unidos sobre o controle de exportação de chips para a Huawei contrasta com o acordo feito em Genebra.
“Prevemos que o ouro mantenha sua volatilidade no curto prazo, devido à combinação de notícias positivas e negativas”, afirmou Vasu Menon, diretor-geral da Oversea-Chinese Banking Corp.
A longo prazo, ele acredita que as políticas de Trump e a saída de ativos de moedas denominadas em dólar são fatores estruturais favoráveis ao ouro, podendo impulsioná-lo a novos patamares nos próximos anos.
Grandes bancos também apostam na manutenção da valorização do metal.
O Goldman Sachs manteve sua projeção de US$ 3.700 por onça-troy até o fim de 2025 e de US$ 4.000 até meados de 2026, mesmo com um risco reduzido de recessão nos Estados Unidos.
Com informações da Dow Jones Newswires.
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Fonte: CNN Brasil