Ozempic vs Mounjaro: os principais tipos de canetas para emagrecer

Medicamentos injetáveis para emagrecer dobram em prescrições no Brasil; especialistas explicam opções disponíveis no mercado.

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(Imagem de reprodução da internet).

Novas Canetas Injetáveis para Tratamento da Obesidade no Brasil

O mercado brasileiro tem testemunhado um crescimento acelerado no uso de canetas injetáveis para o tratamento da obesidade. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) revelam que a prescrição desses medicamentos mais que dobrou nos últimos dois anos, um reflexo da busca por soluções eficazes para o problema da obesidade. Essa intensificação da medicalização surge como resposta a um desafio complexo, que envolve não apenas questões de emagrecimento, mas também mudanças nos hábitos alimentares e a prática regular de atividade física.

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Medicamentos Disponíveis no Mercado

Com crescente fama, essas canetas injetáveis pertencem à classe dos análogos de GLP-1, um hormônio produzido no intestino que auxilia na redução do apetite, promove a saciedade e controla os níveis de glicose no sangue. Atualmente, o Brasil já conta com uma versão nacional, comercializada após a liberação da Anvisa, oferecendo uma alternativa econômica. Abaixo, apresentamos algumas das principais opções disponíveis:

Olire (Liraglutida)

Desenvolvida pela EMS, a caneta Olire, aprovada pela Anvisa em dezembro e anunciada em julho, utiliza a liraglutida como princípio ativo. É indicada para pessoas a partir de 12 anos com obesidade ou sobrepeso associado a comorbidades como hipertensão e pré-diabetes. A administração diária, com doses que variam de 0,6 mg a 3 mg, permite uma perda de peso média de 8% em 56 semanas, com um preço sugerido de R$ 760,61 por caixa (que cobre aproximadamente 18 dias na dose máxima).

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Saxenda (Liraglutida)

A Novo Nordisk comercializa o Saxenda, também com liraglutida como princípio ativo, e oferece indicações e forma de administração idênticas ao Olire. O custo do Saxenda varia entre R$ 730 e R$ 1.100, tornando-o ligeiramente mais caro que a versão nacional. A escolha entre os dois medicamentos geralmente leva em conta a disponibilidade e o custo-benefício.

Ozempic (Semaglutida)

O Ozempic, que se tornou um dos medicamentos mais populares para perda de peso no Brasil, apesar da aprovação oficial ser para diabetes tipo 2, tem sido prescrito para obesidade em um uso “off-label”. A principal vantagem é a aplicação semanal, em doses de 0,25 mg, 0,5 mg ou 1 mg, com uma perda de peso de até 17,4% em 68 semanas. A expectativa para 2026 é a entrada de versões genéricas, com preços mais acessíveis.

Wegovy (Semaglutida)

Desenvolvida pela Novo Nordisk especificamente para obesidade, o Wegovy utiliza o mesmo princípio ativo do Ozempic, mas com doses maiores, chegando a 2,4 mg semanais. A eficácia é semelhante, mas com aprovação oficial para emagrecimento a partir de 12 anos. A disponibilidade no Brasil ainda é limitada, elevando os preços.

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Mounjaro (Tirzepatida)

Lançada pela Eli Lilly, a caneta Mounjaro é considerada a mais eficaz dessa categoria. Em 2025, foi aprovada pela Anvisa para diabetes tipo 2 e, posteriormente, para obesidade a partir de 18 anos. Ela age simultaneamente nos hormônios GLP-1 e GIP, resultando em um maior controle glicêmico e perda de peso mais expressiva.

Considerações Finais e Efeitos Colaterais

Apesar da eficácia comprovada, todos os medicamentos dessa classe provocam efeitos colaterais gastrointestinais, especialmente no início do tratamento. Náuseas, vômitos, diarreia e constipação são queixas comuns. É fundamental considerar contraindicações, como histórico familiar de carcinoma medular de tireoide ou pancreatite aguda. O uso sem acompanhamento nutricional adequado pode levar à perda de massa muscular. A combinação com dieta balanceada e exercícios físicos regulares é essencial.

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