Ozonioterapia: compreenda como funciona tratamento que levou à morte de empresário

Mauro Fernandes Júnior, 41 anos, faleceu após receber ozonioterapia em clínica de estética no Paraná.

02/05/2025 13h54

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O empresário Mauro Fernandes Júnior, 41 anos, faleceu na última terça-feira (29/4) após sofrer uma parada cardíaca durante uma sessão de ozonioterapia em clínica de estética em Paranaguá, no Paraná. Após o início do procedimento para tratar uma luxação no ombro, Mauro apresentou o quadro. A Polícia Civil do Paraná investiga as circunstâncias do caso.

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De acordo com o boletim de ocorrência, o empresário já havia descrito sintomas após a sessão, incluindo tonturas. No dia da morte, a profissional que conduziu a sessão ofereceu os primeiros socorros e solicitou o socorro do SAMU. A equipe médica realizou esforços de reanimação por aproximadamente 50 minutos, sem sucesso.

A ozonioterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza o ozônio para promover a saúde e o bem-estar.

A ozonioterapia, técnica considerada minimamente invasiva e controversa, emprega o ozônio como agente terapêutico por meio de aplicação oral, venosa, retal ou injeção subcutânea, conforme o objetivo.

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A terapia promoveria o aumento da oxigenação e circulação sanguínea, elevando a ação anti-inflamatória do organismo e a imunidade, além de reduzir a dor e o inchaço e combater microrganismos.

A Anvisa ressalta que não há comprovação científica para essas aplicações. O órgão afirma que há riscos à saúde decorrentes do uso inadequado e indiscriminado da tecnologia, sob indicações de uso que não foram, até o momento, cientificamente e clinicamente comprovadas.

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A Anvisa só autoriza o uso como terapia complementar.

Em 2023, o presidente Lula (PT) promulgou a lei que permitia o emprego da ozonioterapia em território nacional como tratamento complementar. A legislação exigia a regularização do equipamento de produção de ozônio medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a aplicação do procedimento por um profissional de saúde com formação superior, registrado no conselho de fiscalização da área.

Atualmente, os equipamentos aprovados são destinados exclusivamente para fins odontológicos e estéticos. O uso do ozônio em tratamentos odontológicos foi regulamentado pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 2015.

A implantodontista e periodontista Gisele Martinez, coordenadora do curso de periodontia do instituto Aria, mencionou em entrevista ao Metrôpoles que a ozonioterapia oferece benefícios aos pacientes, promovendo a melhora da qualidade de vida e o conforto pós-operatório.

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Fonte: Metrópoles

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