Rodrigo Pacheco não discutiu vaga no STF com Lula
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que não teve conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a possibilidade de ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu nome é considerado o favorito pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e por parte do Congresso para substituir o ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou sua aposentadoria.
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Apesar disso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, é visto como a preferência de Lula. Pacheco declarou que não rejeitaria a indicação do presidente, mas que respeitará a decisão caso seja escolhido para concorrer ao governo de Minas Gerais com o apoio de Lula.
Comentários de Pacheco sobre a candidatura
“Faz um tempo que conversei com o presidente Lula sobre candidaturas em Minas, ele está muito entusiasmado com isso. Não posso comentar sobre o STF, mas fico honrado com os incentivos que Lula me dá para ser candidato ao governo. Receber reconhecimentos e apoios é gratificante, mas são apenas manifestações. A decisão do presidente será respeitada, independentemente do que for”, disse Pacheco nesta quinta-feira, 16.
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Encontro nos bastidores do STF
Na última segunda-feira, 13, Pacheco participou de uma reunião com os presidentes do STF, ministro Edson Fachin, e do Superior Tribunal de Justiça, ministro Herman Benjamin, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Inicialmente, o encontro era apenas com Davi Alcolumbre, mas ele decidiu incluir Pacheco, que é um dos cotados para a vaga no STF.
“Foi um encontro marcado pelo diálogo aberto e pela parceria institucional em busca do melhor para o país. Fiz questão da presença do presidente Rodrigo Pacheco, autor do projeto de atualização do Código Civil e presidente da comissão temporária criada para debater o tema. Conversamos sobre questões importantes para o Brasil”, escreveu Alcolumbre.
Projetos discutidos na reunião
Segundo Alcolumbre, também foi abordado um projeto que trata dos percentuais de custas da Justiça Federal, que conta com o apoio da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça. “Tratamos da regulamentação da emenda constitucional sobre a Relevância, que disciplina os recursos especiais no STJ. Esse é um assunto que venho acompanhando pessoalmente”, acrescentou.
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Quem são os cotados para a vaga?
Além de Pacheco e Messias, o ministro do Tribunal de Contas Bruno Dantas também está entre os cotados. Os favoritos para a vaga no STF, com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, possuem diferentes níveis de apoio no Palácio do Planalto, no Congresso e na própria Corte.
O entorno de Lula considera que Messias tem vantagem pela proximidade com o presidente, que fará a indicação. Pacheco, por sua vez, conta com o apoio de grande parte do Senado e de uma ala forte no STF.
Bruno Dantas, embora menos cotado, possui boas relações nos três Poderes. Até o momento, os três candidatos não se manifestaram sobre a situação.
Apoio de Alcolumbre a Pacheco
Pacheco tem Alcolumbre como seu principal apoiador para uma possível ida ao STF. A proximidade entre eles, com ambos se revezando na presidência do Senado, é vista como crucial para qualquer indicação. A experiência de Pacheco em dois mandatos à frente do Legislativo também lhe confere respaldo entre os senadores, especialmente em um momento de tensão entre os Poderes.