Padeiro autônomo preparou torta com ingredientes contaminados, segundo a padaria
23/04/2025 às 11h43

O dono da padaria sob investigação por vender salgados contaminados contratou um funcionário temporário para trabalhar na cozinha do estabelecimento. Três pessoas estão internadas em estado grave após consumirem tortas e empadas adquiridas no local, situado no bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, que apura a possibilidade de intoxicação ou envenenamento dos alimentos.
Segundo o boletim de ocorrência, o proprietário da padaria informou à Polícia Militar de Minas Gerais que o funcionário fora contratado para trabalhar temporariamente na cozinha do estabelecimento. Os depoimentos indicaram que os salgados que provocaram o mal-estar nas vítimas foram preparados na sexta-feira, dia 19/4. O padeiro freelancer não foi localizado desde o domingo (20/4).
Os clientes relataram problemas após consumir alimentos na segunda-feira (21/4). As informações indicam que eles adquiriram e consumiram os alimentos naquele dia. O proprietário não possui informações sobre a identidade ou endereço do funcionário, pois os pagamentos eram feitos em dinheiro.
Investigação
A idosa, com 78 anos e residente na capital, e um casal, com 23 e 24 anos, moradores de Sete Lagoas, apresentaram sintomas graves após consumirem salgados adquiridos na segunda-feira (21). A idosa sofreu parada cardiorrespiratória e está internada no CTI de um hospital particular. O casal está intubado na unidade de terapia intensiva do hospital municipal de Sete Lagoas.
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De acordo com o boletim de ocorrência, as vítimas retornaram à padaria no mesmo dia, informando que os produtos apresentavam mau cheiro e aparência deteriorada. A compensação foi realizada pelos funcionários.
Peritos da Polícia Civil compareceram ao local e coletaram amostras de alimentos e matéria-prima para análise. A padaria foi interditada preventivamente, e a Vigilância Sanitária retornará nesta quarta-feira para uma nova inspeção. A Prefeitura de Belo Horizonte não divulgou se o estabelecimento possuía todas as licenças em dia.
Ainda não foram realizados os exames laboratoriais necessários para determinar a causa da intoxicação. A equipe médica suspeita que a idosa possa ter ingerido uma substância tóxica parecida com chumbo ou que uma bactéria presente na alimentação seja a responsável.
Fonte: Metrópoles