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Padilha afirma que o governo vai buscar o “déficit zero” em 2024.


Padilha afirma que o governo vai buscar o “déficit zero” em 2024.
(Foto Reprodução da Internet)

Depois de uma reunião com líderes da Câmara dos Deputados no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira (31/10) que o governo vai continuar se esforçando para reduzir o déficit no país. No entanto, o assunto não foi discutido no encontro de hoje, que contou com a presença do presidente Lula.

O Planalto tem sido questionado sobre a possibilidade de rever a meta fiscal, após declaração de Lula de que, “dificilmente”, este objetivo será alcançado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também tem encontrado dificuldade para responder sobre o tema.

“Desde outubro, tenho enfatizado que o objetivo deste governo é reduzir o déficit até zero. Este é o plano que continuamos trabalhando intensamente desde então”, comentou Padilha à imprensa no Palácio do Planalto após a reunião.

De acordo com o Metrópoles, depois do discurso do Lula, o governo está considerando um déficit de “pelo menos 0,25%”. A possibilidade está sendo discutida entre os órgãos executivos e o Ministério da Fazenda. Esse número representa uma margem de tolerância, o que significa que o resultado primário pode variar entre um déficit de 0,25% e um superávit de 0,25% em 2024.

Caso seja feita alguma alteração nesse sentido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso, o patamar ainda respeita o marco fiscal. O índice ultrapassa o limite, porém, se o déficit for um pouco maior, de 0,50%. Outra possibilidade citada pelo presidente Lula (relembre mais abaixo).

Lula chamou ministros e aliados na Câmara dos Deputados para uma reunião nesta terça-feira (31/10), no Palácio do Planalto, com o objetivo de desbloquear as propostas econômicas do governo no Congresso Nacional.

A proposta é conciliar as necessidades dos partidos para obter apoio político e garantir a aprovação de leis e projetos orçamentários até o final do ano, que são prioridades para o governo. Na próxima semana, o governo planeja ter uma reunião semelhante com os líderes do Senado.

Coordenação do governo

A reunião de hoje ocorre porque o presidente Lula demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, na semana passada. Ele decidiu nomear Carlos Antônio Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para ocupar o cargo.

Os políticos continuam descontentes com os atrasos no pagamento de emendas e na nomeação de cargos do governo. Há conflitos pela posição de Presidente da Funasa entre o PSD e o Republicanos.

Faltando pouco mais de dois meses para o recesso parlamentar de fim de ano, o Congresso Nacional está discutindo assuntos econômicos que são importantes para o governo. Os projetos orçamentários do Executivo já deveriam ter sido votados, mas foram adiados porque não houve acordo.

As palavras do presidente Lula geraram um debate intensificado

Na sexta-feira passada (27/10), o presidente disse que será difícil para o governo alcançar a meta de terminar com o déficit nas contas até 2024, durante uma conversa com jornalistas durante o café da manhã. Essa declaração não foi bem recebida e os valores da bolsa de valores, do dólar e dos juros futuros foram prejudicados pela fala do presidente.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua defendendo a meta de déficit zero. Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30/10), Haddad afirmou que não há nenhum “descompromisso” por parte do presidente Lula em relação às metas estabelecidas e que o presidente pediu apoio da equipe econômica na negociação com líderes do Congresso sobre esse assunto.


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