Padilha considera “ato covarde” o cancelamento de vistos da filha e esposa
O ministro questiona a aplicação de sanção por sua filha de 10 anos e critica Eduardo Bolsonaro, que reside nos EUA.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, considerou “ato covarde” o cancelamento dos vistos de sua esposa e filha pelos Estados Unidos. O ministro não possui o visto válido, sendo, portanto, imune a cancelamentos.
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Segundo Padilha, a informação sobre a sanção foi recebida através de uma mensagem enviada pela esposa, visto que o ministro está hoje (15) cumprindo sua agenda em Pernambuco.
Padilha questiona a aplicação de sanções pela filha de Trump, de 10 anos, e critica Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos. Este tem articulado com integrantes do governo norte-americano sanções ao Brasil, como forma de pressionar o país, em especial o Supremo Tribunal Federal (STF), para que seu pai não seja julgado por tentativa de golpe de Estado.
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“Aqueles que o fazem e o Bolsonaro, que orquestra isso, têm que explicar. Não para mim, nem só para o Brasil, mas para o mundo inteiro: qual o risco de uma criança de 10 anos de idade pode ter para o governo americano?” disse em entrevista nesta sexta-feira (15) à Globonews. “Estou absolutamente indignado. É uma atitude de covardia.”
Padilha afirmou que o filho de Bolsonaro e seus aliados criaram “um verdadeiro escritório de lobby da traição nos Estados Unidos”.
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Na semana passada, o Departamento de Estado dos Estados Unidos cancelou os vistos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales, e de Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, justificou em comunicado que os profissionais teriam colaborado em um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” através do Mais Médicos.
Padilha era ministro da Saúde quando o Mais Médicos foi criado, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013. O programa atende regiões remotas e com falta desses profissionais. De 2013 até 2018, médicos cubanos participaram do programa por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Minha filha sequer havia nascido quando eu desenvolvi o programa Mais Médicos, com grande orgulho.”
Padilha afirmou que não existe nenhuma parceria entre o Brasil e médicos cubanos. Contudo, outros países mantêm relações com esses profissionais e mencionou a Itália, destacando que a primeira-ministra Giorgia Meloni é aliada de Trump.
“Qual é a justificativa para não haver nenhuma espécie de sanção contra esses outros países [que continuam com a parceria com os médicos cubanos]? Vem fazer uma sanção aqui no Brasil contra servidores brasileiros, contra a família do ministro da Saúde, contra uma criança de 10 anos, sendo que não temos mais parceria com médicos cubanos”, questionou Padilha.
Com informações Agência Brasil
Publicado por Nátaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan