Palestinos se reúnem em Gaza para o funeral de jornalistas da Al Jazeera falecidos em ataque de Israel

O ataque ceifou a vida de cinco jornalistas: os repórteres Anas al Sharif e Mohammed Qreiqeh, e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen…

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(Imagem de reprodução da internet).

Os funerais dos cinco jornalistas da Al Jazeera (Catar), falecidos no domingo em um ataque israelense em Gaza, incluindo um repórter renomado, foram realizados nesta segunda-feira (11) no território palestino, marcado por 22 meses de conflito. Os cinco jornalistas, entre eles Anas al Sharif e Mohammed Qreiqeh, além dos cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa, morreram no ataque. Adicionalmente, o jornalista independente Mohammed Al Khaldi, que colaborava com veículos locais, também faleceu devido ao ataque israelense, conforme relatado pelo diretor do hospital Al Chifa.

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A emissora qatari revelou que seus funcionários foram vítimas de um “ataque israelense direcionado” contra sua tenda na Cidade de Gaza, próximo ao hospital Al Shifa.

O Exército israelense confirmou ter realizado um ataque contra Anas al Sharif, correspondente de 28 anos da Al Jazeera, rotulado de “terrorista que se passava por jornalista”. Este foi o ataque mais recente contra jornalistas nos 22 meses de conflito na Faixa de Gaza. Quase 200 profissionais da imprensa morreram no conflito, segundo organizações civis.

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Uma mensagem póstuma de Anas al Sharif, escrita em abril para ser divulgada em caso de falecimento, foi publicada nesta segunda-feira nas redes sociais. Ele pede que “não se esqueçam de Gaza”. “Este é meu testamento e minha última mensagem. Se estas palavras chegarem a vocês, saibam que Israel conseguiu me matar e silenciar minha voz”, afirma a mensagem.

O Exército de Israel declarou que Al Sharif era “o chefe de uma célula terrorista da organização terrorista Hamas e preparava ataques com foguetes contra civis e tropas” israelenses. Também publicou nas redes sociais uma selfie do jornalista posando com líderes do Hamas e uma tabela que supostamente mostra os nomes de membros do movimento islamista palestino, na qual aparece o nome do jornalista com seu salário correspondente aos anos de 2013 e 2017.

O primeiro-ministro do Catar, xeque Mohamed bin Abdulrahman Al-Thani, criticou veementemente Israel por um “ataque deliberado” contra jornalistas, que “revelam crimes inimagináveis”. A ONU condenou o “assassinato” dos repórteres e fez um apelo a Israel para “respeitar e proteger todos os civis, incluindo os jornalistas”. A Al Jazeera condenou “uma tentativa desesperada de silenciar as vozes que denunciam a ocupação israelense”. Segundo o canal, 10 correspondentes da emissora foram assassinados pelo Exército israelense em Gaza desde o início da ofensiva lançada em retaliação ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

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Com informações da AFP

Fonte por: Jovem Pan

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