Paralisação do governo dos EUA gera ‘neblina de dados’ e pressiona balanços de bancões. Lucros de JPMorgan e Goldman Sachs guiarão o mercado
Com o shutdown do governo e a inflação fora do radar, lucros de gigantes como JPMorgan e Goldman Sachs vão direcionar o mercado.

Paralisação do governo dos EUA e balanços bancários
A paralisação do governo dos Estados Unidos se estende pela terceira semana, levando investidores a focarem nos balanços trimestrais dos principais bancos para avaliar a situação da economia americana. A falta de dados oficiais, como o relatório de empregos e índices de preços ao consumidor, torna os resultados corporativos ainda mais relevantes, com divulgações começando nesta terça-feira, 14.
Entre os principais bancos que apresentarão seus resultados estão JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Citigroup, Wells Fargo e Bank of America. Esses balanços devem oferecer informações cruciais sobre consumo, crédito e investimentos em tecnologia, especialmente em inteligência artificial.
Com o S&P 500 acumulando alta de mais de 11% no ano, analistas afirmam que a continuidade desse movimento depende da solidez dos lucros do terceiro trimestre. Matthew Miskin, estrategista da Manulife John Hancock Investments, destacou que “no fim do dia, tudo volta para a economia e os lucros corporativos”.
Leia também:

Quanto investir para garantir que meu filho tenha R$ 1 milhão aos 18 anos?

Mega-Sena: confira as dezenas do concurso 2.926; prêmio totaliza R$ 27 milhões. Apostas até as 19h!

Novo Nordisk encerra setor de pesquisa sobre cura do diabetes tipo 1 em reestruturação estratégica
Indicadores econômicos e o setor bancário
Especialistas apontam três indicadores essenciais para os resultados bancários: qualidade de crédito, crescimento dos empréstimos e o impacto da corrida por inteligência artificial (IA). A qualidade de crédito reflete a capacidade dos consumidores de quitar suas dívidas e possíveis sinais de inadimplência.
Segundo Nathan Stovall, do S&P Global Market Intelligence, “Wall Street está dividida”. Alguns analistas veem deterioração, enquanto outros apostam na resiliência do consumidor, que, no trimestre anterior, ainda se mostrava saudável, apesar das tarifas elevadas e do aumento do custo de vida.
O volume de empréstimos é um indicador da confiança de consumidores e empresas em investir e tomar crédito. Dados do Federal Reserve (Fed) indicam que o crescimento do crédito esfriou, com mais de 60% do aumento anual vindo de empréstimos para instituições não depositárias.
Investimentos em inteligência artificial
O setor bancário tem desempenhado um papel fundamental no financiamento do atual crescimento da inteligência artificial. Bancos como JPMorgan, Goldman Sachs e Morgan Stanley têm liderado investimentos em empresas como a CoreWeave e na infraestrutura necessária para suportar a expansão da IA.
Analistas alertam para a necessidade de observar até que ponto o setor financeiro está exposto aos riscos desse novo ciclo. Mike Mayo, do Wells Fargo, mencionou que “os bons tempos são quando se criam os maus empréstimos do futuro”. O investimento em IA tornou-se essencial para os grandes bancos, mesmo que muitos projetos ainda não apresentem retorno.
Impacto da paralisação do governo na economia
Desde 1º de outubro, o governo dos EUA está paralisado devido à falta de acordo entre republicanos e democratas no Congresso. Essa situação resultou na suspensão da publicação de diversos indicadores, incluindo o relatório de empregos de setembro e dados sobre vendas no varejo e inflação ao produtor.
A única exceção é o índice de preços ao consumidor (CPI), que será divulgado em 24 de outubro, permitindo que a Administração da Seguridade Social processe reajustes de benefícios. Todos os outros relatórios permanecerão suspensos até que os serviços públicos federais sejam normalizados.
O economista Michael Pearce, da Oxford Economics, descreveu o cenário como uma “neblina de dados cada vez mais densa”. Sem informações confiáveis, os mercados precisam recorrer a fontes alternativas, como os resultados corporativos, para tomar decisões.
Agenda econômica da semana (13 a 17 de outubro)
Segunda-feira, 13 de outubro
- 07h00 – EUA: Reunião do Fundo Monetário Internacional sobre economia global.
- 08h00 – EUA: Relatório Mensal da OPEP sobre o mercado de petróleo.
- 08h30 – Brasil: Boletim Focus (Banco Central) com projeções econômicas.
Terça-feira, 14 de outubro
- 07h00 – EUA: Continuação da Reunião do FMI.
- 12h30 – EUA: Discurso de Jerome Powell (presidente do Federal Reserve).
Quarta-feira, 15 de outubro
- 06h00 – Zona do Euro: Produção industrial (agosto) pela Eurostat.
- 09h00 – Brasil: Vendas no Varejo (agosto – IBGE).
- 09h30 – EUA: Índice de Preços ao Consumidor (CPI – setembro).
- 14h30 – Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro (Banco Central).
- 15h00 – EUA: Livro Bege (Federal Reserve) sobre condições econômicas.
- 17h30 – EUA: Estoques de Petróleo Bruto (API).
Quinta-feira, 16 de outubro
- 06h00 – Zona do Euro: Balança Comercial (julho).
- 07h00 – EUA: Continuação da Reunião do FMI.
- 09h00 – Brasil: IBC-Br (prévia do PIB).
- 09h30 – EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego.
- 13h00 – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde (presidente do BCE).
- 17h30 – EUA: Balanço Patrimonial do Federal Reserve.
Sexta-feira, 17 de outubro
- 06h00 – Zona do Euro: Índice de Preços ao Consumidor (CPI – setembro).
- 07h00 – EUA: Continuação da Reunião do FMI.
- 08h00 – Brasil: IGP-10 (outubro – FGV).
- 09h30 – EUA: Licenças de Construção (setembro).
- 17h00 – EUA: Transações Líquidas de Longo Prazo (Department of Treasury).
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
Aqui no ZéNewsAi, nossas notícias são escritas pelo José News! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente, você é 10/10! 😊 Com carinho, equipe ZéNewsAi 📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)