Paris inaugura memorial em homenagem aos homossexuais deportados pelos nazistas

“Reconhecer significa declarar ‘isso ocorreu’ e afirmar ‘não desejamos que isso se repita’”, afirmou a prefeita Anne Hidalgo durante a inauguração do memorial.

17/05/2025 16h49

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A prefeita de Paris inaugurou, no sábado (17), um memorial para homenagear os homossexuais deportados pelos nazistas para campos de concentração e em memória das vítimas da intolerância ao longo da história.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A homenagem aos “Triângulos Rosas”, o símbolo reservado aos homossexuais pelos nazistas nos campos de concentração, foi inaugurada pela prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, em meio ao aumento de crimes contra pessoas LGBTQIA+ na França.

“Reconhecer é dizer ‘isso aconteceu’ e dizer ‘não queremos que aconteça novamente’”, declarou Hidalgo, durante a inauguração que coincidiu com o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia.

LEIA TAMBÉM:

Hidalgo solicitou um confronto com o negacionismo e afirmou que essa ação se torna ainda mais urgente, visto que “atualmente existem ventos adversos poderosos e extremamente perigosos que buscam negar essa diversidade”.

O monumento, com projeto do artista Jean-Luc Verna, foi instalado no jardim do porto do Arsenal, próximo à Bastilha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O lado obscuro da estrela são os corpos queimados, é o luto, é também uma sombra que nos diz que as coisas podem acontecer novamente”, explicou o artista. “O outro lado, o espelho, é o presente, com as cores do tempo que passa e o céu de Paris que muda tanto quanto a opinião pública pode mudar”, acrescentou.

Jean-Baptiste Trieu, presidente da associação “Os Esquecidos da Memória”, destacou que é fundamental que esse monumento não seja apenas um tributo simbólico, mas sim uma ferramenta de transmissão, uma maneira de reconhecimento e questionamento público.

Estima-se que entre 5 mil e 15 mil pessoas tenham sido deportadas na Europa por causa de sua orientação sexual durante a Segunda Guerra Mundial. Na França, as estimativas indicam um intervalo de aproximadamente 60 a 200 indivíduos.

Fonte: Carta Capital

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.