Pastor de Miguel Oliveira detalha como o jovem está sendo treinado
30/04/2025 às 22h34

O pastor Marcinho Silva, líder espiritual do missionário mirim Miguel Oliveira, comentou pela primeira vez sobre o afastamento do jovem de 15 anos dos púlpitos e das redes sociais. A decisão, segundo ele, ocorreu após uma orientação formal do Conselho Tutelar, devido a denúncias sobre supostas ameaças na internet.
Marcinho relatou à Assembleianos de Valor que já havia conversado com os pais de Miguel sobre a necessidade de equilibrar os compromissos religiosos com os estudos presenciais. Em seguida, foi convocado para comparecer ao Conselho Tutelar.
Reunião com Conselho Tutelar
Ele relatou que recebeu uma ligação pela manhã solicitando sua presença. Já havia conversado com os pais do Miguel sobre as responsabilidades de participar dos cultos e estudar presencialmente, devido a uma exigência da igreja e do Conselho Tutelar.
O líder religioso afirmou não ter sido intimado e detalhou que, na reunião, foi pedido que Miguel cessasse pregar, utilizar os púlpitos e publicar conteúdos nas redes sociais.
LEIA TAMBÉM:
● Thais Carla reage a agressões após cirurgia bariátrica: “Meu corpo é meu”
● Revelado o motivo da ida de Pablo Marçal ao SBT
● Andressa Urach denuncia agressão sofrida por influenciadora grávida e demonstra indignação
Marcinho admitiu que Miguel cometeu falhas, mas destacou que ele está recebendo correções das autoridades e da igreja.
ele possui um coração bondoso.
“Cometeu erros e está sendo corrigido. Está cumprindo algumas disciplinas pelo Conselho Tutelar, Ministério Público e pela igreja. Mas é um menino que tem um coração bom”, declarou. O pastor também demonstrou descontentamento com a maneira como outros líderes religiosos têm se referido a Miguel nas redes, incluindo um vídeo em que o chamam de “pilantra”.
Marcinho explicou que, embora tenha recebido destaque, Miguel não ocupa cargo eclesiástico na igreja. Ressaltou que ele é apenas um membro, sem função pastoral ou posição oficial alguma.
O pastor afirmou não ter conhecido o adolescente, que relata ter nascido surdo e mudo, durante aquele período. A confirmação do relato ocorreu após o caso se tornar público na internet, após conversa com os pais do garoto.
Ele também negou que Miguel tenha se beneficiado de atividades ilegais, sustentando que o jovem possui origens modestas e que, inclusive, foi por meio de sua influência que o adolescente teve contato com o mar pela primeira vez.
Discutiu sobre o futuro de Miguel.
Quanto ao futuro, Marcinho declarou que Miguel continuará afastado das atividades públicas na igreja. “Ele permanecerá aqui aprendendo, orando conosco”, afirmou. O pastor também ressaltou a importância dos estudos e elogiou os pais do jovem por seguirem as orientações das autoridades.
Ainda não há previsão para o retorno de Miguel aos palcos. “É preciso resolver essas questões jurídicas. Quando a família resolver isso, faremos uma reunião e decidiremos.”
Compreenda a controvérsia.
Miguel Oliveira, um jovem missionário de 15 anos, alcançou destaque nas redes sociais devido às suas pregações e supostas profecias. Integrante da Igreja Assembleia de Deus Avivamento Profético, em Carapicuíba (SP), Miguel publicou vídeos em que relata ter nascido surdo e mudo, sendo curado para realizar sua missão religiosa.
O seu modo de pregação, caracterizado por revelações e previsões sobre a vida dos fiéis, despertou tanto apoiadores quanto críticos. Diversos questionaram a veracidade de suas mensagens, ao mesmo tempo em que outros ressaltaram sua habilidade de emocionar e estabelecer uma conexão com o público.
As publicações em vídeo na internet atraíram a atenção do Conselho Tutelar, após receberem denúncias sobre o comportamento do jovem em suas pregações.
Em resposta, o órgão convocou uma reunião com Miguel e seus representantes legais para tratar das preocupações apresentadas. Na ocasião, concordou-se que Miguel deveria se afastar das atividades públicas na igreja e das redes sociais, com o objetivo de concentrar-se em sua educação e bem-estar.
O Ministério Público também acompanhou a situação, reforçando a necessidade de assegurar os direitos e a proteção do adolescente.
Fonte: Metrópoles