Peça consagrada de Plínio Marcos, Navalha na Carne, recebe nova encenação com ênfase na violência doméstica

A peça será apresentada às terças de agosto no Teatro Manás, em São Paulo; atriz retorna ao papel após 11 anos.

02/08/2025 4h02

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(Imagem de reprodução da internet).

Dez anos após interpretar Neuza Sueli pela primeira vez, a atriz Bárbara Salomé retorna ao palco com a personagem em uma nova encenação de Navalha na Carne, obra-prima do teatro brasileiro escrita por Plínio Marcos em 1967. Em cartaz nas terças do mês de agosto no Teatro Manás Laboratório, em São Paulo, a peça expõe as violências estruturais e as marginalizações que persistem na sociedade brasileira.

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Realizamos [a peça] em 2014 e agora estamos retomando 11 anos depois. Está sendo uma experiência extraordinária, relata Salomé, em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato. A nova apresentação da obra, em homenagem aos 90 anos de nascimento do autor santista falecido em 1999, é liderada por Fernando Aveiro.

A atriz afirma que a nova versão confere um caráter mais psicológico ao ‘Você está velha, ninguém mais vai te querer’.” E isso se observa nesses discursos desses caras redpill [grupo de homens que propaga ódio contra as mulheres]. A solidariedade para a mulher é utilizada como uma arma”, relata.

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A luz sobre os invisibilizados.

“É uma personagem muito difícil de criar. Possui uma disponibilidade emocional, um jogo. O espetáculo acontece em uma arena, então estamos muito próximos da plateia. Parece teatro e ao mesmo tempo também parece cinema”, indica Salomé. A atriz é parte do Núcleo Caxote Teatro Íntimo (CaTI), grupo que busca dar voz a personagens historicamente invisibilizados.

A artista também ressalta os obstáculos de produzir teatro independente no Brasil. “Nesta temporada, estamos operando totalmente de forma independente, sem apoio. Contamos muito com o marketing boca a boca e a divulgação para cobrir os custos. É um confronto com o poder público, devido à escassez de incentivos. É difícil”, afirma.

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Serviço

Navalha na Carne

Fonte por: Brasil de Fato

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