Pequim lembra Trump de que muitas armas americanas dependem da China

15/04/2025 às 9h35

Por: José News

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(Imagem da internet).

Um artigo publicado no New York Times mostra como a decisão da China de interromper a exportação de terras raras para os Estados Unidos, em resposta às tarifas comerciais impostas por Donald Trump, coloca programas militares americanos em risco.

É irracional que uma grande porção das armas dos Estados Unidos dependa de recursos minerais provenientes do inimigo. Isso é o maravilhoso mundo moderno onde vivimos atualmente.

“Em aeronaves militares e mísseis balísticos precisão, minerais de terras raras explorados ou processados na China são necessários para ligar os motores e fornecer energia de emergência. Em mísseis de alta precisão usados pelo Exército, esses materiais contêm minerais chineses que giram as barbatanas da cauda permitindo atingir pequenos ou movimentados alvos. Já nos novos drones elétricos a baterias utilizados por fuzileiros navais, esses materiais são indispensáveis para os motores compactos.” – New York Times

O jornal resumiu a situação: “Anunciando que, à partir desta data, exigirá licenças especiais para seis metais pesados raros e terras, inteiramente refinados na China, além de imãs de terra rara, 90% dos quais são produzidos na China, Pequim lembrou o Pentágono – caso precisa recordá-lo – que uma ampla gama de armas americanas depende daqueles chineses.”

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O aviso de Pequim pode aumentar a pressão do governo de Donald Trump para que a Ucrânia assine rapidamente um acordo que permite às empresas americanas a exploração das terras raras do país, em troca da ajuda militar dos Estados Unidos na guerra contra o invasor russo.

A decisão de Pequim pode aumentar o interesse do presidente americano pela Gronelândia, que contém grandes reservas desses minerais. Donald Trump deseja incluir a ilha no Círculo Ártico ao território dos Estados Unidos, ignorando a soberania da Dinamarca amiga, dona de Gronelândia, as boas maneiras diplomáticas e os acordos do sistema de alianças forjado após a Segunda Guerra.

A agressividade do presidente dos EUA pode levar à Dinamarca a assinar um acordo com os Estados Unidos para a exploração de terrenos raros, similar ao que foi feito pela Ucrânia ameaçada.

É maravilhoso o novo mundo, mas é ainda mais extraordinário ver as antigas estratégias sendo usadas para resolver seus problemas. Estes métodos pareciam ter morrido no início do século XX.

Fonte: Metrópoles

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