Percevejos tropicais revelam segredos do DNA e podem resolver crimes!

Percevejos tropicais podem ser chave em investigações criminais! Pesquisadores da USM identificam DNA humano em insetos, permitindo reconstruir perfil de suspeitos

26/11/2025 10:33

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Percevejos tropicais revelam segredos do DNA e podem resolver crimes!
(Imagem de reprodução da internet).

Em um laboratório com luzes brancas, um pesquisador demonstra um experimento incomum: um recipiente contendo percevejos, presos por uma malha, se alimentando de seu sangue. A iniciativa, realizada em nome da ciência, revela um potencial surpreendente desses pequenos insetos.

Uma equipe da Universidade de Ciências da Malásia (USM) identificou que os percevejos tropicais são capazes de preservar o DNA humano por até 45 dias após se alimentarem de sangue. Essas criaturas, que frequentemente se escondem em locais como costuras de colchões e capas de travesseiros, podem se tornar evidências cruciais na investigação de crimes.

A Identificação a Partir de uma Gota

O entomologista Abdul Hafiz Ab Majid explica que a polícia poderia, a partir de uma única gota de sangue, estabelecer o perfil completo de um agressor. Ele usa a expressão “musuh dalam selimut” – “inimigo no cobertor” – para descrever o potencial desses insetos. A equipe da USM, liderada por Hafiz e pela pesquisadora pós-doutoral Lim Li, dedicou quase cinco anos ao estudo dos percevejos tropicais Cimex hemipterus.

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Dentro do laboratório, os pesquisadores criam os insetos em recipientes simples, cada um envolto em plástico preto para replicar as condições em que prosperam. Os percevejos absorvem entre 1,5 e 5,3 microlitros de sangue em cada refeição – uma quantidade menor que uma gota, segundo Hafiz.

Informações Detalhadas do Suspeito

Os pesquisadores descobriram que o DNA extraído dos percevejos alimentados com sangue humano permitia recuperar um “perfil fenotípico” básico – características visíveis de uma pessoa – bem como determinar o sexo até 45 dias após a alimentação. Além disso, é possível identificar a cor dos olhos, do cabelo e do tom de pele dos suspeitos, mesmo após um longo período de tempo desde a cena do crime.

Para realizar essas análises, os pesquisadores utilizam marcadores STR (repetições curtas em tandem) e SNP (polimorfismos de nucleotídeo único), sequências específicas de DNA extraídas do sangue.

Limitações e Perspectivas Futuras

O estudo da USM foi publicado na revista científica Nature há dois anos, sendo o primeiro uso documentado de percevejos tropicais com fins periciais. Ao contrário dos mosquitos e das moscas, os percevejos não podem voar e, uma vez que comem, “ficam inchados e já não conseguem se mover tanto”, comenta Hafiz.

Embora os pesquisadores imaginem um futuro em que esses insetos possam ajudar a identificar suspeitos de assassinato, Hafiz adverte que não se trata de uma solução mágica. “Os percevejos têm seus limites, especialmente quando se trata de resolver casos antigos”, observou. “Só oferecem aos investigadores um prazo de 45 dias para usá-los como prova, e apenas se estiverem presentes no local do crime”.

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