Pesadelos recorrentes estão associados a um maior risco de morte prematura, segundo um estudo

Estudos indicaram que pesadelos podem estar associados a um envelhecimento biológico acelerado.

23/06/2025 17h53

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(Imagem de reprodução da internet).

Pesadelos recorrentes podem acelerar o envelhecimento biológico e elevar em três vezes o risco de morte prematura, conforme um estudo recente apresentado no Congresso da Academia Europeia de Neurologia 2025, em Helsinque, Finlândia, na segunda-feira (23).

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Sonhos negativos já foram associados a um risco aumentado de doenças neurodegenerativas, como a demência. No entanto, este foi o primeiro estudo a demonstrar que sonhos ruins podem estar ligados a um envelhecimento biológico mais acelerado e à mortalidade precoce.

Para chegar às conclusões, o estudo analisou dados de 4.196 adultos com idades entre 26 e 74 anos, provenientes de quatro grandes estudos de coorte de base populacional. Houve um acompanhamento total de 18 anos. A incidência de pesadelos foi reportada pelos participantes no início do estudo, e a mortalidade prematura foi definida como óbito antes dos 75 anos.

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O estudo empregou a regressão de Cox para analisar a relação entre a frequência de pesadelos e a morte prematura, com as taxas de envelhecimento biológico avaliadas por meio de um conjunto de três relógios epigenéticos (DunedinPACE, GrimAge, PhenoAge). Ao longo do período de acompanhamento, foram registradas 227 mortes prematuras.

Adultos que relataram pesadelos semanais no início do estudo apresentaram um risco três vezes maior de falecer antes dos 75 anos, em comparação com aqueles que não relataram ter pesadelos. Além disso, os participantes com pesadelos frequentes demonstraram taxas mais aceleradas de envelhecimento biológico.

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Pesquisadores indicam que o estresse e a interrupção do sono decorrentes de pesadelos podem afetar os processos de envelhecimento celular. Isso implica que pacientes com pesadelos frequentes devem ser avaliados quanto a distúrbios do sono, estresse e questões de saúde mental, recebendo tratamentos adequados, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia ou a terapia de ensaio de imagem.

Apesar dos resultados do estudo, ainda são necessárias mais pesquisas para verificar se o tratamento de pesadelos pode diminuir o envelhecimento biológico e aumentar a expectativa de vida.

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Fonte por: CNN Brasil

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